No episódio 29, falamos da entrevista exclusiva com Thayná Silva e da parceria com o Intercept em reportagem sobre letalidade policial
“Ele disse que odiava ser negro e que queria ser branco”. Essa frase dita pela fotógrafa Thayná Silva, sobre o irmão Willian, morto por um sniper depois de sequestrar um ônibus na Ponte Rio-Niterói, dava o real diagnóstico de como os efeitos colaterais do racismo podem atingir um nível de crueldade imensurável. Em entrevista exclusiva à Ponte, Thayná contou para a repórter Carolina Moura que o jovem sofria de depressão há algum tempo, fazia tratamento, mas que a impressão que estava tendo nos últimos dias é que a doença estava vencendo ele.
No episódio 29, Carol conta os bastidores da entrevista, como conseguiu estabelecer um vínculo de confiança com Thayná e o que aprendeu como ser humano a partir do contato com essa história.
Arthur Stabile e Maria Teresa Cruz também abordam os números da letalidade policial no governo Doria em reportagem desenvolvida em parceria com o The Intercept Brasil. Enquanto a gestão tucana comemora a redução de índices de criminalidade, as mortes provocadas pela polícia seguem aumentando. A reportagem apresenta uma série histórica que mostra essa tendência nos últimos anos, aponta redução de mortes de policiais em supostos confrontos e também coloca em xeque a alegação oficial de que as mortes acontecem em confrontos, como quando por exemplo, a polícia intercede em um roubo, já que esse tipo de crime está em queda. Solta o som!