No episódio 10 do PonteCast, nossa equipe fala sobre dois casos de jornalistas que tiveram pena semelhante a de Danilo Gentili, a ausência de culpados pela Chacina do Salgueiro e uma mãe que perdeu o filho na prisão
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Todo mundo ficou falando da condenação de Danilo Gentili à prisão por injúria contra a deputada federal Maria do Rosário, bate-boca nas redes sociais, esse ou aquele defendendo um lado da história, mas a Ponte foi atrás de casos tão ou mais absurdos de crimes contra a honra que resultaram em condenação muito semelhante e o resultado está na reportagem “Quando falar pode dar cadeia”. São os casos do blogueiro Paulo Cezar de Andrade, que passou mais de 7 meses preso, e do jornalista Cristina Góis que foi condenado por um texto ficcional.
O outro tema é o desfecho do caso da Chacina do Salgueiro, ocorrida em 11 de novembro de 2017, que resultou em 8 mortes. Em reportagem publicada quando a matança completava um ano, Maria Teresa Cruz e Daniel Arroyo mostraram uma comunidade dominada pelo medo e a ausência de culpados, pelo menos na investigação da Justiça comum. Restava, até mesmo porque as provas estariam indicando uma participação do Exército, a conclusão do MPM (Ministério Público Militar). Para o MPM, não há como responsabilizar as Forças Armadas. E fim. As 8 famílias destruídas recebem a notícia como um golpe: a morte dos filhos não foi cometida por ninguém possível de ser identificado.
Por fim, a reportagem da Ponte esteve no Ceará e falou com Silvia Cristina da Silva e Carlos Roberto Ferreira, pais de Carlos Henrique, que, aos 19 anos, morreu dentro do sistema prisional por conta de uma infecção no dente que foi negligenciada, de acordo com a família. A história toda você acompanha aqui.