No episódio 83 trazemos um debate com a delegada Raquel Gallinati sobre conflitos das polícias em SP por conta de abordagens abusivas da PM
A ocorrência em que três PMs morreram ao abordar um falso policial civil, em São Paulo, abriu um conflito entre as corporações, lideradas pelo governador João Doria (PSDB). A crise entre as duas polícias paulistas é tema do episódio 83 do PonteCast.
Raquel Gallinati, presidente do Sindpesp (Sindicato dos Delegados de Policia Civil do Estado de Sao Paulo), traz os passos seguintes ao início do problema, que gerou uma nova recomendação de abordagens por parte da Secretaria de Segurança Pública. O documento vale somente entre os próprios policiais.
“Existe, sim, a necessidade de treinamento, que já é feito, já foi feito e de ter razoabilidade e bom senso. E que se aplique aqueles ensinamentos dados tanto nas academias da Polícia Civil como na da Militar”, afirma Raquel.
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A presidente considera que as abordagens agressivas constribuíram para o clima de tensão. Critica, ainda, o fato de colocarem o fato do homem criminoso portar documentos falsos da Polícia Civil como argumento para as ações violentas.
“Há casos de falsos policiais, falsos jornalistas. A mente dos criminosos é fértil”, diz, mas sem esquecer da lei. “As abordagens devem respeitar a dignidade, mesmo com um criminoso”, pondera.
A delegada detalha que há “diálogo zero” do sindicato junto ao governo de Doria. Ainda rebate quando questionada se uma fala do tucano, de como as polícias poderiam se portar, contribuiria para a resolução deste conflito.
“Não é atribuição do governador falar para Polícia Civil como ela deve exercer a sua atribuição”, diz. Segundo ela, o mesmo não ocorre para a PM, uma polícia “de governo”.
Sobre o indicativo da SSP quanto às abordagens, ela considera que é preciso calma antes de uma análise de efetividade. “Veremos com o tempo se essa respostá terá resultado”, pontua.
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