Suposta perseguição teria começado no Tatuapé, zona leste da capital paulista, e encerrado com tiroteio na Rodovia Presidente Dutra, em Guarulhos; entre maio e abril, seis pessoas foram mortas pela Rota após o assassinato de policiais
A Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), tropa mais letal da Polícia Militar de São Paulo, matou quatro pessoas em uma suposta perseguição na noite desta quarta-feira (17/7). Os jovens, todos homens, tinham entre 19 e 23 anos, sendo pelo menos dois deles negros. Entre o final de abril e começo de maio, a Rota matou seis pessoas após o assassinato de dois PMs da tropa na capital paulista e na baixada santista.
Segundo a versão dada pelos PMs, eles patrulhavam a Avenida Celso Garcia, na região do Tatuapé, zona leste da capital paulista, quando avistaram um veículo HB20 que, segundo os policiais, “apresentava envolvimento anterior em crimes e vinha sendo monitorado pela PM”. Eles não explicam quais crimes nem as provas que liguem o carro a ilegalidades.
Os policiais apontam que tentaram parar o carro, mas o motorista fugiu, dando início a perseguição, feita por viaturas do 8º BPM (Batalhão de Polícia Militar) e que receberam apoio de uma caminhonete da Rota, comandada pelo subtenente Dorival Ramos dos Santos. Estavam no veículo apontado como suspeito Vitor Nascimento Barboza Alves, 21 anos, Ronei Oliveira de Souza, 20 anos, Nicolas Vieira Canda, 19 anos, e Leonardo Rocha de Carvalho, 23 anos.
Depois de 21 km, já na Rodovia Presidente Dutra, em Guarulhos, um dos pneus do carro teria estourado. Os PMs não conseguiram explicar se a causa da explosão foram os tiros disparados, de acordo com relato registrado pelo delegado Vitor Hugo Coutinho Conti, do 7ºDP (Distrito Policial).
Segundo os integrantes da Rota, o carro teria parado na altura do KM 214 e os homens saído atirando, o que teria forçado o revide dos policiais. Eles não explicam quantos atiraram. Todos os quatro homens morreram no local, antes de receberem socorro.
No DP, os policiais apresentaram uma espingarda calibre 12 e uma submetralhadora como encontradas com os suspeitos. Além disso, eles estariam com um colete à prova de balas, três celulares e munições.
Segundo informado inicialmente pelo portal R7 e confirmado pela Ponte, Vitor Nascimento Barboza Alves trabalhava como motorista do aplicativo de transportes Uber. Em nota, a assessoria da Uber explica que ele não trabalhava em corridas há pelo menos um mês.
Em entrevista à TV Globo, a mãe de Vitor cobrou explicações da polícia. Já à Record, a irmã do rapaz confirmou que ele e os outros três jovens eram amigos de infância, todos moradores de São Mateus.
Participaram da ação os policiais militares Wallace Araújo da Silva, Felipe Freitas da Silva e Alex Pequeno Oliveira e o subtenente Dorival Ramos dos Santos, integrantes da Rota; Cristiano Mendes dos Santos, Fábio Oliveira Moutinho e Marcelo Henrique Espindola Leita, da Força Tática da Rocam (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas); e Luiz Gustavo da Silva Barbosa, do 15º BPM.
Outro lado
Em nota, a Polícia Militar confirma as 4 mortes e fala em confronto na rodovia. “O veículo evitou a abordagem, partindo em fuga e atirando contra os patrulheiros. A Polícia Militar esclarece que, em cumprimento a preceitos legais para apuração dos fatos, foram instaurados Inquérito Policial Militar e Inquérito Policial pela Polícia Judiciária, a Polícia Civil. Desta forma, a Polícia Militar somente irá se manifestar sobre as circunstâncias da ação policial-militar ao final das apurações”, diz a corporação.
[…] Vitor Nascimento Barboza Alves, 21 anos, e Jéssica* namoravam desde o dia 6 de junho de 2019. Haviam se conhecido há pouco tempo e logo a paixão ganhou força, sem se desgrudarem dali por diante. Era inevitável imaginarem como seria o futuro. “Filhos, casar, ter uma casa, viagens de fim de ano. Ele ia compra nossa aliança de namoro”, conta a jovem à Ponte. Os sonhos tiveram fim praticamente antes de começar. Na noite de quarta-feira (17/7), Vitor e outros três amigos morreram em uma ação da Rota. […]
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