Soldado que fugiu do presídio militar Romão Gomes se entrega

    Acusado de ter participação no assassinato de um suspeito em fevereiro deste ano, Thales Bruno Moreira cumpre prisão preventiva

    PM Thales

    O soldado da 2ª classe da Polícia Militar Thales Bruno Moreira, que fugiu do presídio militar Romão Gomes, localizado no Jardim Tremembé, na zona norte da capital, na manhã de sexta-feira (30), se entregou à polícia, em Franca (interior de SP), no fim da noite deste sábado (01/10). Às 3h deste domingo (02/10), Moreira voltou para a cadeia que abriga os policiais militares em conflito com a lei.

    Acusado de ter participado de um homicídio em 19 de fevereiro deste ano, ele cumpre prisão preventiva no Romão Gomes desde 28 de fevereiro e aguarda julgamento. Segundo a Polícia Militar, ele estava trabalhando quando foi almoçar e desapareceu. No local, os agentes penitenciários só encontraram a roupa de presidiário que o PM utilizava.

    Thales Moreira ingressou na PM em 27 de maio de 2014 e estava lotado no 37º BPM. De acordo com o juiz do TJM (Tribunal de Justiça Militar) Luiz Moro Cavalcante, a prisão preventiva foi decretada contra Moreira e outros dois PMs acusados de terem executado, com um tiro pelas costas, o suspeito de roubo Alexandre de Sousa Vieira em 19 de fevereiro deste ano, no Parque das Cerejeiras, zona leste da cidade.

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    De acordo com Cavalcante, o trio, que inclui um sargento, está preso por determinação da 3ª Vara do Júri da capital. “Os policiais estavam fazendo um patrulhamento de rotina, quando viram uma moto roubada, uma CBX 250, que Alexandre estava dirigindo. Na ocorrência, os policiais teriam executado o suspeito”, afirmou Cavalcante.

    De acordo com o processo, os três policiais praticaram, além do homicídio qualificado, o crime de fraude processual. “Crimes graves e quem neles se envolve demonstra possuir insensibilidade moral, audácia e extrema periculosidade”, afirmou a juiza Patricia Inigo Funes e Silva, quando decretou a prisão dos PMs.

    A reportagem ligou para os três advogados de Thales Moreira, mas nenhum atendeu aos telefonemas. A SSP (Secretaria da Segurança Pública) não se manifestou até a divulgação desta reportagem.

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