- Carlos Alberto Brilhante Ustra, um dos mais notórios ex-agentes da repressão, foi comandante do Doi-Codi entre setembro de 1970 e janeiro de 1974. No centro de tortura que comandava era conhecido como “Dr Tibiriçá”. O coronel reformado é reu em ação movida pelo MPF pelo crime de sequestro qualificado do corretor de valores Edgar de Aquino Duarte, em junho de 1971. Ustra também havia sido acusado pelo MPF pelo desaparecimento do líder sindical Aluízio Palhano Pedreira Ferreira, em 1971. Porém, a denúncia do caso de Palhano foi rejeitada pelo Judiciário. Ustra foi condenado, em outubro de 2008, por danos morais em uma ação declatatória movida por cinco membros da família Teles, que o acusam de tortura em 1972. Em junho de 2012, numa sentença de primeira instância, o coronel Brilhante Ustra foi condenado a pagar uma indenização à família de Merlino. É coronel reformado do Exército e vive em Brasília (DF).
- Dirceu Gravina, atualmente delegado de polícia do Departamento do Interior de Presidente Prudente (Deinter/8). Atuou no DOI-Codi, onde era conhecido como “Jesus Cristo ou JC”. Acusado por presos políticos como um dos torturadores mais violentos do DOI. Assim como Ustra, também foi acusado pelo MPF pelo desaparecimento do líder sindical Aluízio Palhano Pedreira Ferreira, em 1971. Foi professor de direito na Unioeste.
- Aparecido Laertes Calandra, delegado aposentado da Polícia Civil, trabalhou no DOi-Codi, onde era conhecido pela alcunha de “Capitão Ubirajara”. É denunciado como torturador por inúmeros presos políticos. Em função do seu envolvimento com a repressão militar recebeu a condecoração do Exército “Medalha do Pacificador”, em 1974. Em seu registro funcional também consta um elogio, datado de abril de 1977, por sua “eficiência de dedicação” no “combate à subversão e ao terrorismo”.
- Abeylard de Queiroz Orsini trabalhou como médico legista no Instituto Médico Legal de São Paulo entre 1956 e 1987. Teve seu exercício profissional cassado pelo Conselho Regional de São Paulo em 2000 e referendado pelo Conselho Federal de Medicina, em 2002, acusado de assinar laudos falsos que confirmavam a versão oficial das mortes de vários opositores do regime militar, entre eles Angelo Arroyo, Carlos Marighella, Luiz Eduardo Merlino, Pedro Pomar, entre outros. Porém, uma decisão judicial suspendeu a execução da pena.
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