No 7o vídeo da série Sobre Crimes e Castigos, Chico Alencar, deputado federal (PSOL-RJ), compara a divulgação dada à morte do médico morto a facadas, no RJ, com o assassinato de 2 pessoas, pela polícia, no mesmo dia, numa comunidade pobre da Ilha do Governador
Historiador e deputado federal (PSOL-RJ) desde 2003, Chico Alencar, alerta, no 7o. vídeo da série Sobre Crimes e Castigos, que há uma perspectiva de classe na divulgação dos assassinatos no Brasil:
É evidente o casos logo avultam, são destacados numa perspectiva de classe. A trágica morte, o absurdo assassinato a facadas de um médico na lagoa, na orla cartão postal do Rio de Janeiro aconteceu no mesmo dia em que duas pessoas, um menino de 14 anos e um jovem de 23 anos foram mortos pela polícia numa ação completamente desastrada e criminosa, só que numa comunidade pobre da ilha do governador. Isso mereceu uma tripinha na notícia do jornal, enquanto o trágico assassinato do médico, tão trágico quanto esse mereceu 5 páginas.
Ele também defende que, no lugar de reduzir a maioridade penal, o País tem no âmbito do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) moldura jurídica para tratar a questão de crianças e adolescentes em conflito com a lei.
Nesta semana, Ponte Jornalismo publica até sexta-feira, a série de vídeos “Sobre Crimes e Castigos”, um projeto documental que apresenta diversos pontos de vista sobre as contradições da proposta de redução da maioridade penal em pauta no Congresso Nacional.
Serão 10 entrevistas com estudiosos da criminalidade e operadores do direito (defensores, promotores, policiais, juízes, secretários de segurança pública, parlamentares) que, de dentro da máquina do Estado, tentam fazer ecoar uma voz alternativa às medidas punitivas predominantes.
O projeto “Sobre Crimes e Castigos” é de autoria de Marina Lima, roteirista, e de Vini Andrade, filósofo e cineasta.
Assista aos outros vídeos da série:
1o. vídeo: Alguém acredita que o sistema penitenciário brasileiro funciona?
2o. vídeo: A mídia leva a população a associar redução da maioridade penal com mais segurança, diz juiz
3o. vídeo: “O encarceramento sempre foi um instrumento de manutenção da ordem econômico-social”
6o. vídeo:“Condenar irremediavelmente uma pessoa por um erro cometido é negar a quem acusa o direito de errar”
Quem faz:
MARINA LIMA (roteiro e direção) é roteirista graduada em direito e comunicação social. Há anos, sonha com o dia em que as leis do Brasil democrático sairão do papel.
VINI ANDRADE (roteiro e direção), filósofo de formação, investiga os motivos e os efeitos do ‘castigo’ no espectro do convívio em sociedade desde a graduação.
CAIO PALAZZO (fotografia e som) é fotógrafo e comunicador na ponte.org, onde investiga temas relativos à segurança pública.
FERNANDA LIGABUE (fotografia e som) é fotógrafa, videomaker e midiativista.
FELIPE CARRELLI (edição) é editor e cineasta. Dirigiu o documentário “Ano Luz” (2015).
LUÍZA FAGÁ (edição) é escritora, jornalista e cineasta. Dirigiu o documentário “Engarrrafados” (2009).
AMANDA JUSTINIANO (design gráfico) é artista gráfica, designer e idealizadora do Movimento Não Mate.
Mais sobre o projeto
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