No total, 10 kg de drogas foram apreendidas pela Corregedoria dentro do 2º Baep em Santos, litoral paulista. Além dos entorpecentes, que estavam escondidos em um armário, também foram apreendidas armas e simulacros de pistola

Uma operação da Corregedoria da Polícia Militar apreendeu 10 quilos de drogas dentro de um armário na sede do 2° BAEP (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) de Santos, na Ponta da Praia, nesta terça-feira (10/8). As substâncias estavam dentro de um armário sem identificação no corredor de acesso aos alojamentos de subtenentes, sargentos, cabos e soldados. No edifício também funciona a Sede do 6º Comando do Policiamento do Interior (CPI-6).
As equipes foram comandadas pelo Major da PM Rodrigo Elias, pelas Capitãs PM Larissa e PM Maria Cláudia. Com o auxílio de cães farejadores do 5º Batalhão Policial de Choque realizaram a varredura de drogas no local juntamente com as equipes do Reservado da Corregedoria e Patrulhamento Disciplinar Ostensivo (PDO).
Entre as drogas foram apreendidos 814 pinos de cocaína, 307 invólucros de maconha, 50 potes em acrílico e um saco a granel, totalizando aproximadamente 1,252 kg. Também havia 34 invólucros plásticos com cocaína, 14 sacos a granel, totalizando aproximadamente 8,6 kg, além de 1.202 pedras de crack, contabilizando 400 gramas. No total foram encontradas 10,252 kg de substâncias ilícitas.
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Além dos entorpecentes foram encontrados dois simulacros de pistola, uma espingarda, quatro cartuchos, um martelo de borracha, uma luneta e três granadas. Por fim, dois telefones celulares, duas balanças de precisão e quatro bases para carregador de rádio também foram encontrados pelos policiais e entregues à corregedoria da PM.
Em 2019, o Baep de Santos liderava a lista de batalhões mais mortais da PM paulista, segundo um levantamento parcial da Ouvidoria das polícias. Os Baeps são batalhões que seguem o “padrão Rota” (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar), uma referência à tropa mais letal da PM paulista.
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Os Baeps foram criados em 2014 durante o governo de Geraldo Alckmin (PSDB). Em sua origem, o batalhão surgiu para atuar em operações especiais de policiamento ostensivo e de “preservação da ordem pública”, como reintegrações de posse e manifestações de rua, abrangendo operações de “distúrbios civis e de antiterrorismo”. Sob João Doria (PSDB), o número de Baeps cresceu consideravelmente: em um ano, passaram de 5 para 9, fazendo o número de municípios abrangidos por esses batalhões saltar de 117 para 382.
Por meio de nota, a Polícia Militar de São Paulo informou que a Corregedoria da Polícia Militar, além de investigar e proteger policiais, realiza regularmente um trabalho de fiscalização junto às unidades policiais, por meio da Patrulha Disciplinar Ostensiva (PDO). “Nesta terça-feira (10), no intuito de fortalecer o controle interno e a disciplina, as dependências do 2º BAEP (Santos) foram vistoriadas com cães farejadores, sendo localizados entorpecentes e materiais proibidos. A fiscalização ainda está em curso e eventuais irregularidades constadas serão documentadas, bem como seus autores responsabilizados”.
À reportagem a PM apontou que não houve prisões. “Mais do que garantir a qualidade dos trabalhos da Polícia Militar do Estado de São Paulo, tais ações de fiscalização e controle constituem um importante instrumento para garantir a eficiência do policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública, separando os bons policiais da minoria que não cumpre a lei e é encaminhada à Justiça”.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo envilou nota semelhante, afirmando que “embora a operação ainda esteja em andamento, eventuais irregularidades encontradas serão documentadas e os que as cometerem serão responsabilizados no rigor da lei”, sem apontar a responsabilização de possíveis donos das substâncias e quais seriam os objetos não identificados.
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[…] Beatriz Drague Ramos, compartilhado de Ponte Jornalismo […]