‘Seguranças da estação de trem me agrediram por vender luvas e máscaras’, denuncia vendedor

    Klebson Oliveira estava em frente à estação de trem da CPTM em Itapevi (SP) quando foi golpeado com cassetete; seguranças dizer ter revidado agressões

    O vendedor ambulante Klebson de Lima Oliveira, 23 anos, denuncia ter sido agredido por um grupo de dez seguranças quando vendia máscaras e luvas em frente à estação da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) de Itapevi, na Grande São Paulo.

    Klebson estava com seus produtos na frente da estação por volta de 16h de quarta-feita (24/6). À Ponte, conta que em determinado momento um segurança apareceu dizendo que ele não poderia ficar ali.

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    “Não estava dentro, estava do lado de fora na calçada da prefeitura. Eu disse que poderia, que a calçada era pública. Ele chamou os companheiros dele no rádio e quis tomar minha mercadoria”, disse.

    O vendedor conta que tentou fugir da apreensão. “Vieram atrás de mim e queriam pegar a mercadoria, mas eu não deixei. Eles começaram a meter o cassetete em mim. Eram uns dez seguranças, que me agrediram por vender luvas e máscaras”, conta.

    Com as agressões, Klebson lembra que tentou se proteger ao pegar um dos cassetetes dos seguranças e revidar as agressões.

    Marcas das agressões sofridas pelo marreteiro | Foto: Reprodução

    “Bateram até a guarda de Itapevi chegar. Os guardas não conseguiram tirar eles de cima de mim, tiveram que pedir reforço. Teve que vir até a PM para eles pararem”, afirma.

    O vendedor tem marcas de cassetete nas costas e nos ombros, conforme vídeo gravado depois das agressões. Levado ao Ponto Socorro da cidade, conta que dois dias depois ainda precisa cuidar dos ferimentos.

    “Eu vou comprar o remédio agora, vou ver quanto custa. Eu fui no hospital, estou sentindo muita dor por dentro”, explica. Klebson conta não ter dinheiro para gastar com remédios caros.

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    Segundo o boletim de ocorrência do caso, registrado na delegacia de Itapevi, quatro seguranças afirmam que apenas um deles abordou Klebson e que, ao questionar a venda de produtos, teria sido agredido pelo vendedor.

    Além de Klebson, contam os seguranças, outros seis marreteiros, como são chamados os vendedores ambulantes, também estariam participando da pancadaria.

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    No entanto, não há especificado outro nome de ambulante no B.O., apenaso de Klebson, que confirma ter pegado uma tonfa (cassetete) para se defender das agressões.

    A Ponte solicitou posicionamento à CPTM sobre as agressões denunciadas por Klebson. Segundo a empresa, seus vigilantes tentaram abordar um grupo de ambulantes, que reagiu com violência.

    “Um grupo de sete ambulantes agrediram dois vigilantes e foram socorridos ao Pronto Socorro do município”, diz a CPTM. “Dois ambulantes foram detidos e conduzidos ao 1º Distrito Policial onde foi elaborado Boletim de Ocorrência de Lesão Corporal contra os ambulantes e solicitado exame pericial a todos os envolvidos na ocorrência”, afirma.

    Em nota, a empresa diz que tem intensificado o “combate ao comércio ambulante” e que, desde o dia 2 de janeiro, policiais militares reforçaram a segurança nos trens e estações.

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