‘Esperamos que acatem nossas reivindicações antes da nossa revolta”, pede um dos entregadores, que exigem melhores pagamentos e seguros
Entregadores por aplicativos fizeram o segundo o movimento de paralisação neste sábado (25/07). Os trabalhadores, que atuam na entrega de alimentos a serviço das empresas iFood, Rappi e Uber Eats, se encontraram em diversos pontos da cidade de São Paulo, e ficaram sem prestar serviço durante todo o dia.
Leia também: Fomos punidos por greve, denuncia entregador
Os entregadores começaram a se encontrar em diversos pontos da cidade desde o início da tarde e, depois, seguiram para o Estádio do Pacaembu, na zona oeste, e chegaram por volta das 15h. Cerca de duas horas depois de chegar à concentração em frente ao estádio, na Praça Charles Miler, na região central, os entregadores saíram sentido Shopping Ibirapuera, na zona sul.
“A gente merece respeito e dignidade, hoje a gente reivindica algumas pautas, algumas taxas que estão desfavoráveis para a categoria. Teve um aumento na demanda de entregadores e eles aproveitaram esse aumento para dobrar os lucros”, explica o entregador Jefferson Cortes, do movimento Entregadores do Breque.
Além de pedir aumento no valor pago por quilômetro percorrido e no valor mínimo, a categoria pede pelo fim do sistema de pontuação dos entregadores, da restrição de lugar e de bloqueios considerados indevidos, e reivindicam seguro para suas vidas, em caso de acidente e também para as motos e bicicletas.
Segundo Jefferson, os entregadores solicitam ajuda de autoridades para pressionar aos empresários para um diálogo. Para ele, os próximos passos dos entregadores, caso não haja respostas das empresas, serão com “mais força e energia, e as consequências podem ser mais pesadas”.
Veja mais: A greve daqueles que trabalham com a fome nas costas
Em entrevista à CNN Brasil no dia 1º deste mês, mesmo dia do primeiro movimento de paralisação da categoria, o vice-presidente de Finanças do iFood, Diego Barreto, disse que a maioria das reivindicações da categoria é válida e que a empresa cumpre com boa parte.
Já a Rapp publicou, no dia 6 de maio, que tem uma campanha para prevenção ao coronavírus e disponibiliza aos entregadores a higienização das motocicletas e distribuição de equipamentos de segurança e kits de proteção.