Torturada pelo coronel Ustra, que a mostrou urinada e espancada aos filhos, a militante diz viver na perplexidade aos 74 anos com a eleição de um presidente militar apoiador da tortura
Perseguição política, medo de sair às ruas, tortura. Esses são os temores de Amelinha Telles, de 74 anos, com a eleição do presidente Jair Bolsonaro (PSL). A militante foi presa e torturada na ditadura militar junto ao marido, Cezar Augusto Teles, no Doi-Codi (Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna), em 1972.
O torturador, conforme a Justiça brasileira definiu o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, levou os dois filhos de Amelinha para vê-la espancada, vomitada e urinada. Em plena democracia e após sete décadas de vida, ela se diz na perplexidade. Nunca imaginou temer a volta daquele momento. E fala da possibilidade de a tortura retornar como política de Estado.
[…] irmã, Amelinha Teles, também foi presa e torturada em 1972. Em 2005, Criméia e seus familiares moveram uma ação […]