Paulo Henrique Varuzza, 26 anos, teria sacado uma arma quando discutia com Eliandro Henrique dos Reis, que disparou três vezes
Um policial militar foi morto depois de uma discussão na cidade de Araras, cidade a 174 quilômetros da capital São Paulo, na noite de domingo (15/5), baleado por outro PM. O caso é investigado pela Corregedora da corporação.
Segundo boletim de ocorrência da Polícia Civil, o grupo de PMs confraternizava pelos 5 anos de formatura que parte deles completavam. Estavam no local integrantes da tropa em Araras, Limeira e também membros do Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) de Piracicaba.
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Por volta das 21h30, o policial Paulo Henrique Varuzza, 26 anos, iniciou uma discussão e puxou a sua arma em direção ao também PM Eliandro Henrique dos Reis, 40.
Consta no registro que Eliandro, então, também puxou a sua arma e deu três tiros “para se defender”, conforme contou ao delegado Tabajara Zuliani dos Santos, do 2º DP (Distrito Policial) de Araras, o qual registrou a ocorrência.
O documento não detalha quais as causas da discussão entre Varuzza e Reis. Após os disparos, Paulo Henrique tentou correr, mas cai após ser baleado metros depois.
Câmera de segurança de uma casa vizinha registrou a cena do policial tentando se salvar. O equipamento está uma hora adiantado em relação à hora do crime, como explica o delegado. Acionado, o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) constatou a morte do PM.
Em conversa com o Copom (Centro de Operações da Polícia Militar), o sargento Reis explicou que foi surpreendido por uma pessoa que “pulou em frente ao carro”. “Eu dei tiro no cara”, explica.
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Ele diz que estava bem de saúde ao policial que o atendeu e que, “em princípio, [a vítima] era Mike também”, termo usado entre PMs para se identificarem. “Estava armado, apontou a arma para mim eu dei tiro no cara”, detalha.
No local, a perícia fez exames residuográficos nas mãos dos dois policiais para identificar se eles, de fato, atiraram. A investigação ficará a cargo da Corregedoria da PM, como explica o delegado Tabajara, por “se tratar de um crime praticado por militar contra militar”.
A Ponte questionou a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, comandada pelo general João Camilo Pires de Campos neste governo de João Doria (PSDB) e a PM, liderada pelo comandante Fernando Alencar Medeiros.
Segundo a PM, ela ouviu os envolvidos no caso e o sargento Reis foi preso e levado ao presídio militar Romão Gomes, na capital paulista. “Todas as providências judiciárias militares serão adotadas pelo batalhão e Corregedoria da Polícia Militar. A apuração é sigilosa, conforme previsão do Código de Processo Penal Militar”, diz a corporação, lamentando “profundamente” a morte de Paulo Henrique.
A reportagem também solicitou entrevista com o policial Eliandro Henrique e o contato de seus advogados à SSP.
Atualização às 17h38 de quarta-feira (27/5) para incluir posicionamento da PM.