Para o delegado de polícia civil Orlando Zaccone é preciso entender que o encarceramento nunca foi vetor de transformação social
No terceiro vídeo da série “Sobre Crimes e Castigos”, o delegado de polícia civil (RJ) e Diretor da LEAP Brasil (Law Enforcement Against Prohibition), Orlando Zaccone fala que há dois caminhos para se encarar a redução da maioridade penal:
“ou a decisão política vai ser ter fé ter que o encarceramento é uma forma de realizar transformações sociais ou nós vamos entender que o encarceramento nunca foi e nunca será vetor de transformação social, muito pelo contrário, o encarceramento sempre foi um instrumento de manutenção da ordem econômico-social.”
Nesta semana, Ponte Jornalismo publica até sexta-feira, a série de vídeos “Sobre Crimes e Castigos”, um projeto documental que apresenta diversos pontos de vista sobre as contradições da proposta de redução da maioridade penal em pauta no Congresso Nacional.
Serão 10 entrevistas com estudiosos da criminalidade e operadores do direito (defensores, promotores, policiais, juízes, secretários de segurança pública, parlamentares) que, de dentro da máquina do Estado, tentam fazer ecoar uma voz alternativa às medidas punitivas predominantes.
O projeto “Sobre Crimes e Castigos” é de autoria de Marina Lima, roteirista, e de Vini Andrade, filósofo e cineasta.
[one_half last=”no”]
Leia mais:
“Reduzir maioridade é péssimo”, diz presidente da ex-Febem
A redução da maioridade é a resposta da sociedade que não cuida das suas crianças
Redução da maioridade penal é estelionato eleitoral
[/one_half]
1o. vídeo: Alguém acredita que o sistema penitenciário brasileiro funciona?
2o. vídeo: A mídia leva a população a associar redução da maioridade penal com mais segurança, diz juiz
Quem faz:
MARINA LIMA (roteiro e direção) é roteirista graduada em direito e comunicação social. Há anos, sonha com o dia em que as leis do Brasil democrático sairão do papel.
VINI ANDRADE (roteiro e direção), filósofo de formação, investiga os motivos e os efeitos do ‘castigo’ no espectro do convívio em sociedade desde a graduação.
CAIO PALAZZO (fotografia e som) é fotógrafo e comunicador na ponte.org, onde investiga temas relativos à segurança pública.
FERNANDA LIGABUE (fotografia e som) é fotógrafa, videomaker e midiativista.
FELIPE CARRELLI (edição) é editor e cineasta. Dirigiu o documentário “Ano Luz” (2015).
LUÍZA FAGÁ (edição) é escritora, jornalista e cineasta. Dirigiu o documentário “Engarrrafados” (2009).
AMANDA JUSTINIANO (design gráfico) é artista gráfica, designer e idealizadora do Movimento Não Mate.
Mais sobre o projeto
[…] Por Claudia Belfort, na Ponte […]