Membro do Tamo Junto há mais de um ano, professora da Universidade Federal do Amapá explica por que apoia a Ponte
A fluminense de Três Rios Camilla Soares Lippi e a Ponte têm algo em comum. Ambas defendem os mesmos temas: direitos humanos, feminismos, direitos dos povos indígenas. Camilla é uma das mais das 500 pessoas do Tamo Junto, programa de membros da Ponte Jornalismo. Seja participando das discussões no grupo exclusivo de WhatsApp ou de pesquisas qualitativas, ela está conosco desde o começo do programa, há quase 1 ano.
Mesmo em sua vida profissional, Camilla está alinhada com os temas da Ponte. Sua tese de doutorado lança um olhar sobre mulheres presentes nas marchas indígenas como diplomatas de seus respectivos povos. Para isso, utiliza os conhecimentos adquiridos como graduada em Relações Internacionais e do Direito. Atualmente é professora do curso de Relações Internacionais da Universidade Federal do Amapá (Unifap) e ainda é tutora de dois gatos vira-latas: Taz e Luci.
O primeiro encontro com o conteúdo da Ponte foi no El País Brasil, jornal que já republicou nosso material. Mas foi a reportagem “As idas e vindas de Ruan, o jovem que teve testa tatuada, no sistema prisional“, do repórter Paulo Eduardo Dias, que chamou sua atenção. “É impressionante como, mesmo passado tanto tempo, aquela agressão ainda marca a vida dele”. O caso acompanha a trajetória do jovem que em 2017 teve a testa tatuada com a frase “sou ladrão e vacilão” após o furto de uma bicicleta.
Para ela, “a Ponte faz um jornalismo investigativo, de qualidade e comprometido com os direitos humanos como poucos veículos fazem”. Um fator que ela destaca como essencial é a acessibilidade do jornalismo da Ponte, que não cobra assinatura pelo acesso e leitura de seu conteúdo. “Acredito que um jornalismo acessível a todos é importante no sentido da democratização da informação, principalmente daquelas informações que são, para os governantes, inconvenientes de serem divulgadas”. E esse foi um dos motivos que a levou a apoiar mensalmente o trabalho da Ponte por meio do Tamo Junto.
“O momento econômico é muito difícil para todos”, afirma. Apesar disso, ela convida quem tem condições fazer parte do Tamo Junto e garantir que o jornalismo da Ponte siga combativo e sem muros. “Apoie este veículo que faz um trabalho sério de jornalismo investigativo comprometido com os direitos humanos e com o acesso às informações para todas, todos e todes”.