Entre o cárcere e a liberdade, duas mulheres escolheram o amor

    Caroline fala dos desafios enfrentados no sistema prisional para mulheres que amam mulheres; há um ano e meio, ela visita a namorada, Joice, que está presa na Penitenciária Feminina de Sant’Ana, zona norte de SP, depois de receber negativas

    Desenhos enviados por Joice para Caroline | Foto: Caê Vasconcelos/Ponte Jornalismo

    Entre a liberdade plena e o amor relâmpago de um namoro de 28 dias, Caroline* escolheu a vida dupla. De alguma forma, a liberdade lhe foi tirada quando Joice* entrou para as estatísticas: foi presa por tráfico de drogas, crime majoritário em penitenciárias femininas.

    Era 9 de dezembro de 2017, quando Caroline e Joice deixariam de ser um par, dispostas cada uma em um mundo: o livre e o aprisionado. Quando Joice passou a fazer parte das mais de 42 mil mulheres encarceradas no Brasil, de acordo com o último Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias, Caroline tinha duas opções: esquecer os 28 dias vividos ao lado da namorada ou encarar a rotina de visitas à prisão. Com Joice dentro da prisão tudo iria mudar. A relação se tornaria analógica, o tempo seria curto, a intimidade roubada e a incerteza contínua. Caroline escolheu a segunda opção.

    Fazia uma tarde fria em São Paulo quando Caroline sentou em um café para, em palavras, transformar o amor isolado em presente. Expressiva, é com os gestos que a jovem de 25 anos transmite muitas de suas ideias e sentimentos. Por mais que as palavras sejam ditas quase sem pausa, são os braços e as mãos que transformam o não dito em narrativa. Tocar em um outro alguém enquanto relembra a vida ao lado de Joice é trazer para si a retomada de um afeto distante. Um afeto que vive em um mundo onde a liberdade não tem lugar.

    Caroline com um dos envelopes feitos por Joice | Foto: Mariana Ferrari/Ponte Jornalismo

    Ela lembra passo a passo do que foram – até o momento – os 578 dias longe da possibilidade de amar em liberdade e em que tem que lidar com o aprisionamento da mente e coração. Mesmo que longe, Joice ainda é peça fundamental. O que Caroline usa para se proteger do frio é uma blusa preta que sempre guarda na bolsa e não hesita em dizer: “É da Joice”.

    No dia 11 de março de 2018, um domingo ensolarado de verão, os olhos azuis de Joice derramaram lágrimas como uma cachoeira. Ela tinha ficado 92 dias no isolamento, longe do convívio social. No presídio feminino de Franco da Rocha, Joice encontrou os olhos da mulher que ela costumava chamar de princesa. A sua princesa. “Eu não acredito que você veio, eu não acredito que você está aqui”, comemorou.

    Enquanto uma usava um uniforme padrão e apagado, a outra vestia a cor. De camiseta rosa, calça flare cinza e havaianas brancas, Caroline pisava pela primeira vez no CDP feminino de Franco da Rocha. Joice ansiava pelo encontro. Como se a simples presença de Caroline trouxesse um pouco da liberdade que lhe fora arrancada no dia 9 de dezembro de 2017. Os 92 dias dentro do sistema prisional afetaram Joice não só emocionalmente, como também fisicamente. Caroline sentiu, ali, em um pátio de enormes paredes de concreto, que Joice vivia uma mudança brutal.

    “Eu sou muito difícil de chorar, sou virginiana, e ela tinha engordado muito, porque tem muito salitre na comida, né? Ela estava inchada, era verão, e ela estava muito suada, a pele muito oleosa e ela chorava muito. Ela brilhava. Ela estava muito nervosa. Até então ela só estava vendo a mãe dela, tinha visto uma vez a irmã e o pai. Quando ela me viu… primeiro que ela esperava que eu não fosse. Ela me mandou uma carta falando isso, que não queria criar esperança de que eu fosse visitá-la. A gente passou pouco tempo juntas e não fazia sentido eu querer ir. Ela queria muito me ver, estava morrendo de saudade”, conta Caroline. 

    A reviravolta na vida das duas começou quando, segundo Caroline, Joice e mais três homens foram surpreendidos pela polícia em um galpão abastecido com toneladas de maconha. Já presa, Joice teria sido vítima de agressões físicas.

    No dia seguinte, ela foi encaminhada para o CDP (Centro de Detenção Provisória) Feminino de Franco da Rocha. Cinco meses depois, ela passaria para a PFS (Penitenciária Feminina de Sant’Ana), localizada na zona norte de São Paulo, onde está até hoje. Em abril deste ano, a PFS enfrentou uma epidemia, que culminou na morte de Sandra Lourenço após sentir fortes dores no estômago, como mostrou o dossiê da Amparar (Associação de Amigos e Familiares de Presos), publicado pela Ponte em maio de 2019. Joice foi uma das mulheres em privação de liberdade infectada pela epidemia, que foi diagnosticada como amigdalite (uma doença infecciosa que atinge as amígdalas, órgãos de defesa contra infecções).

    Mesmo que no dia 11 de março de 2018 Joice não conseguia acreditar que a namorada tinha cruzado o portão de sua reclusão, Caroline insistiu e trabalhou durante meses para conseguir, enfim, estar dentro do presídio. O envio dos documentos foi retardado pela greve dos Correios e o fim de ano, época em que a empresa fica saturada de tantas encomendas.

    No dia 26 de dezembro de 2017, Caroline e a sogra conseguiram – enfim – enviar as cópias do RG, CPF, declaração de amásia e declaração de residência para entrarem no rol de visitas. A mãe de Joice conseguiu a carteirinha que permite a entrada no cárcere, mas Caroline não. 

    “Eles [os funcionários do presídio de Franco da Rocha] falavam que não tinham recebido os meus documentos. Tirei todos os documentos de novo. Eu liguei e eles falaram que não receberam novamente. Isso aconteceu quatro vezes. Eu consegui rastrear pelo sistema do correio, via que chegava lá, depois de uns dias eu ligava lá e eles falavam que não tinha recebido. É uma arrogância absurda”, reclama Carol.

    No dia 22 de fevereiro de 2018, depois de 75 dias de cárcere de Joice, Caroline conseguiu agendar a entrevista com a assistente social. O que parecia o começo de um reencontro foi transformado em um abuso de poder. Se Caroline não conseguisse provar para a assistente social que sabia mais de Joice do que sobre si, a visita no cárcere não seria uma realidade.

    “Ela ficou me perguntando quando eu conheci a Joice, como eu conheci a Joice, onde a Joice estuda, onde a Joice estudou durante a vida dela, onde a Joice trabalhou. A Joice tem mais de 30 tatuagens e eu tive que falar uma por uma. Ela tem os dois braços fechados, tem tatuagens nas pernas, ela tem tatuagem em tudo”, relembra Carol.

    Com a entrevista concluída, em uma quinta-feira, Caroline se sentiu mais perto de Joice – se não fosse o descaso para sua inclusão na lista de visitantes. Carol passou a ligar constantemente no presídio. Começou as ligações na quarta-feira da semana seguinte e, como o retorno era praticamente o mesmo sempre, ela continuava insistindo. A frase padrão era que a pasta dos documentos ainda não havia descido para a direção. Carol escutou da assistente social que as fotos tiradas com Joice a salvaram e garantiriam a sua entrada na lista de visitantes.

    Caroline ligou na quarta, quinta e sexta-feira, com esperança de ser aceita até a visita de domingo. Somente na sexta-feira, uma semana e dois dias depois de ela fazer a entrevista com a assistente social, a funcionária informou que a pasta já estava na direção.

    “Quando foi 17h25 eu liguei. Três minutos depois eu consegui falar. Ela [a diretora do presídio] disse que tinha pegado a pasta, mas que não tinha uma resposta para mim. ‘Eu posso até aprovar, mas a sua carteirinha não vai ficar pronta para amanhã, você vai ter que vir na próxima semana. Liga na terça-feira’. Na semana seguinte eu liguei e fiz tudo de novo, mas dessa vez deu certo”, disse Carol.

    Ela mandou uma carta que dizia: “Oi meu amor, minha mãe disse que você veio até aqui e teve que voltar. Não fica desesperada não, princesa, já tava tudo pronto aqui para te ver, mas semana que vem vou deixar tudo preparado. Vai dar tudo certo e você vai vir abrir o meu cadeado. Amo muito você. Até domingo”.

    Foi assim que Carol conseguiu, pela primeira vez, ingressar no “universo paralelo” das mulheres no cárcere. “As pessoas só falam de cadeia, só pensam em cadeia, só entendem sobre isso. Parece que não existe nada aqui fora”, comenta.

    A visita e o envio do jumbo (caixa com mantimentos para a presa, que pode pesar até 10 quilos) é o momento em que os familiares e amigos enfrentam parte da violência que as mulheres aprisionadas sentem todos os dias. O abuso de poder já não é mais nem uma premissa, é o início, o meio e o fim.

    As declarações de amor estavam em tudo: cartas, bilhetes, desenhos e envelopes | Foto: Mariana Ferrari/Ponte Jornalismo

    Quando Joice foi transferida para a Penitenciária Feminina de Sant’Ana nenhum parente foi informado. Caroline ficou sabendo da mudança por meio de uma mulher que visitava uma presa no mesmo presídio de Joice. Ela passou um final de semana inteiro ligando na penitenciária para descobrir para onde, afinal, haviam mandado Joice. Somente na terça-feira, a informação foi confirmada. “Eles não falam para onde vai, só falam que foi transferida, e aí você tem que ficar ligando de cadeia em cadeia”, explica.

    Com a transferência, a distância para visitar Joice caiu para menos da metade. O que antes eram 62,5 quilômetros de Diadema até Franco da Rocha, tornou-se 25 quilômetros até a Penitenciária de Sant’Ana. O que deveria ser uma conquista de tempo, virou uma espera maior por causa da fila.

    Em Franco da Rocha, as visitas eram separadas entre o raio ímpar e o raio par, cada um em um dia do final de semana. Em Santana, as 2.900 presas recebem os parentes e amigos em um único dia: o sábado. Ou seja, para conseguir levar o jumbo, a família “perde três ou quatro horas”.

    ‘No primeiro dia que a gente ficou, eu apresentei ela para minha família’

    Vestindo uma calça jeans rasgada e uma camiseta branca, Caroline beijou pela primeira vez Joice e se apaixonou no mesmo instante. Mal saberia que a separação aconteceria em 28 dias.

    Apesar da história de amor das duas ter durado menos de um mês em liberdade, elas se conheceram bem antes disso. Ainda na infância, a trajetória das duas meninas se cruzou pela primeira vez, quando estudaram no mesmo colégio durante a terceira série. “Ela é minha crush do ensino fundamental”, brinca Carol ao relembrar quando viu Joice pela primeira vez.

    Imediatamente a dupla se tornou amiga, mas com uma pitada de ciúme: Joice não gostava de ver Caroline brincando com outros amigos. “Eu não podia bater card com outros amigos”, conta Carol, que confessa que não se importava nem um pouco com isso e ainda dizia para Joice “‘então tá bom, não quer falar comigo não fala, não quer ser minha amiga não seja”.

    Depois disso, as amigas se afastaram quando mudaram de escola e só se reencontrariam depois de adultas. Foi uma interação em uma rede social, uma troca de comentários, que despertou algo dentro desses dois corações.

    Um beijo, um único beijo foi suficiente para que Joice fosse formalmente apresentada para a família de Caroline. “Começamos a trocar ideia, nos vimos, ficamos e depois desse dia nunca mais dormimos separadas. Estávamos praticamente casadas. Foram 28 dias de uma relação muito intensa. No primeiro dia que a gente ficou eu apresentei ela para minha família”, lembra Caroline.

    Uma das 50 cartas que Joice enviou para Caroline no último ano e meio | Foto: Caê Vasconcelos/Ponte Jornalismo

    A intensidade entre o casal é inquestionável, mas não é muito diferente de outros casais de mulheres. Não à toa existe um termo que define bem isso: sapatão emocionada. É impossível pensar na história de Caroline e Joice sem pensar em outro casal que viveu intensamente cada minuto: Monica e Marielle.

    Em entrevista à Ponte, a arquiteta e ativista Monica Benicio, viúva da vereadora Marielle Franco, assassinada na noite de 14 de março de 2018, um dia depois da audiência que determinou a pena de Joice, contou momentos de muita emoção e intensidade, que reflete bem o que é uma história de amor vivida por duas mulheres.

    “Foi um susto. ‘O que a gente tá fazendo?’. Ao mesmo tempo que esse beijo aconteceu e deu muito medo, a gente ficou ‘e agora, se parar vai ter que conversar sobre isso’, e aí a gente ficou horas se beijando, até o dia clarear e a casa começar a se movimentar. Só então a gente falou ‘pronto, tá na hora de parar’. Mas daí já tinha gente acordada não tinha tempo pra uma DR”, narrou a ativista à Ponte, em agosto passado.

    Falar em mulheres que amam mulheres vai muito além da intensidade. É falar também da luta diária e de muitas barreiras que precisam ser derrubadas para manter o amor de pé. No caso de Monica e Marielle, a não aceitação familiar foi um desafio. Caroline e Joice não tiveram esse problema, mas perceberam o preconceito dentro do sistema prisional.

    Caroline se percebeu presa em seus próprios sentimentos e dúvidas. Valeria a pena enfrentar a rotina de visitar uma pessoa encarcerada e passar por todos as situações de humilhação? Para a felicidade de Joice, as dúvidas não foram maiores do que a certeza de querer enfrentar tudo ao lado da mulher amada. Por isso, Caroline seguiu, mesmo perdendo o controle do bem-estar de Joice e, com isso, desenvolvendo uma ansiedade que a fez começar a fumar.

    Foram mais de 12 meses enfrentando tudo e todos para continuar vendo Joice dentro do cárcere. Caroline precisou aprender que, lá dentro, a dinâmica é bem diferente. Lá dentro, mulheres lésbicas são mulheríssimas. Já pessoas que se identificam com o gênero masculino, o que aqui fora conhecemos como homens trans, na cadeia são chamadas de sapatão – que aqui fora é um termo usado de forma política para expressar a orientação sexual de mulheres que amam mulheres. Parece confuso, mas Carol tirou isso de letra.

    A comida terceirizada, podre e azeda

    No primeiro em dia que Caroline viu Joice no pátio do presídio de Franco da Rocha, ela se assustou com o inchaço da namorada – resultado de uma comida cheia de salitre. O inchaço, porém, virou emagrecimento bruto.

    Na primeira semana de 2019, com a posse do presidente Jair Messias Bolsonaro e do governador de São Paulo, João Doria, as cozinhas dos presídios foram fechadas, a fim de prevenir rebeliões. O resultado? Comida podre e azeda. Quando Joice chegou em Santana pesava 75 kg, hoje está com 62 kg. O dossiê divulgado pela Ponte em maio, feito pela Amparar, confirma a má condição das comidas recebidas pelas mulheres encarceradas do PFS.

    “A comida vem de Hortolândia. É só pensar: você acha que vai vir um caminhão de comida todos os dias? A comida deve vir três vezes por semana no máximo. Ela começou a emagrecer muito em janeiro, porque a comida vinha azeda, passava muito tempo no caminhão e estava muito calor. Quando chegava aqui, a comida estava azeda”, denuncia Carol.

    A tortura de comer uma comida podre veio acompanhada da tortura física. Sem aviso prévio, agentes penitenciários entraram na cela de Joice – que no momento estava sozinha. Por volta das 21h, eles quebraram praticamente a cela inteira. Obrigaram ela a tirar a roupa, abaixar e tossir. Buscavam um suposto celular. “O advogado dela me ligou saindo de lá e disse que depois me ligava direito. Eu não sei se alguma agente ouviu ele falar que ia pedir para ela me ligar”, deduz Carol.

    Lá dentro, quem costuma usar samba-canção precisa trocar a peça íntima por calcinha. Os agentes penitenciários usam a sexualidade como forma de humilhar e diminuir quem está em situação de encarceramento. A cena é comum tanto em Franco da Rocha como em Sant’Ana.

    Uma vez Caroline precisou esperar a contagem de 2.900 presas, na penitenciária de Sant’Ana, para sair da visita. Em um único abraço o carimbo de identificação dos visitantes (que só é visível na luz negra) saiu. O relógio marcava mais de 17 horas quando Caroline conseguiu pisar no mundo da liberdade. “Da próxima vez que você perder o seu carimbo, vai ficar um mês sem entrar”, disse a agente enquanto ela ia embora.

    O constrangimento e a culpa foram cruciais para o término da relação. Desde que Joice entrou para o sistema carcerário foram mais de cinquenta cartas trocadas com Caroline. Entre as últimas, o relacionamento cheio de vírgulas ganhou um novo começo.

    Joice tirou Caroline da lista de visitas, pediu perdão. Com uma letra redonda e cursiva ela se desculpava por ter levado Caroline a um lugar tão horrível como a cadeia. Dizia que fora egoísta e, por isso, não queria mais sentir o sufoco da culpa. A vida delas recomeça, então, depois da plena liberdade. É assim que Joice quer reconstruir a vida, é assim que Caroline espera a liberdade de seu coração.

    Entre celas e concreto, o que fica é o barulho rápido e seco dos cadeados. Tão alto e presente que chega a ser silêncio. Silêncio de um tempo não retomado. De fome. De solidão. De um amor interrompido.

    Joice cumpre pena por tráfico. No começo, respondia também por associação ao tráfico – acusação a qual ela já foi absolvida.

    Com os dias trabalhados na cadeia, Joice conseguiu 4 meses de remissão e conseguiu abater mais 6 meses da pena com a prova do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio). O tempo de permanência da namorada na cadeia vem diminuindo, mas Carol, enquanto busca a blusa da Joice no fim da bolsa e a veste em seu corpo, confessa que a espera é muito difícil.

    Outro lado

    A Ponte procurou a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) para questionar sobre as queixas apresentadas. Em nota*, a pasta afirmou que as denúncias não procedem e elencou os alimentos que compõem as três refeições, ressaltando que o cardápio é feito por nutricionistas e respeita a legislação vigente.

    “A alimentação fornecida pelo CDP de Franco da Rocha é produzida pelo Centro de Progressão Penitenciária de Franco da Rocha, que se localiza próximo ao CDP, fazendo com o que alimentação seja entregue rapidamente após a sua produção, não havendo motivos para atrasos na entrega às presas e servidores da Unidade. Já a alimentação na PF de Santana é fornecida por empresa terceirizada, seguindo estritamente os horários de cada refeição”, explicou a SAP.

    A pasta ainda afirma que todo o alimento passa por um “rigoroso controle de qualidade, que avalia as características sensoriais: aparência, odor, sabor e quantidade, reservando amostras para análises se necessário” e que, quando há qualquer alteração desses parâmetros, as refeições são substituídas antes de serem entregues.

    *Os nomes das personagens foram trocados por questões de segurança

    Reportagem atualizada às 20h59 do dia 16/7 com a nota da Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo

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