Jornalista Fausto Salvadori, da Ponte Jornalismo, divide mesa com o magistrado Luís Carlos Valois e a advogada Dina Alves. Moradores da periferia e familiares de presos participarão do bate-papo
O coletivo Nome dos Números promove nesta quinta-feira (16/2), a partir das 17h30, o bate-papo “Justiça, cárcere e invisibilidade”. O evento, realizado em parceria com outros coletivos independentes ligados aos direitos humanos, será transmitido ao vivo pelo Facebook do grupo, que aborda temas relacionados à violência contra moradores da periferia.
Para compor a mesa, foram convidados o juiz de Execução Penal no Amazonas Luís Carlos Valois, que ficou conhecido nacionalmente por negociar o fim da rebelião do Complexo Penitenciário Anísio Jobim, de Manaus, no início deste ano; a advogada Dina Alves, especialista em cárcere feminino; e o jornalista Fausto Salvadori, da Ponte Jornalismo.
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De acordo com Hélio Augusto, integrante do Nome dos Números, “é uma crueldade para os presos não debater o sistema carcerário”. Ele acredita que “se não houver conversas sobre o assunto, o problema acumula e, consequentemente, não será possível chegar a uma solução para todos problemas que é o sistema prisional brasileiro”.
Além da transmissão ao vivo, 40 pessoas foram convidadas para participar do debate no local do evento. Elas são moradoras de bairros das periferias de São Paulo, familiares de presos e integrantes de coletivos de direitos humanos e desencarceramento.
Debate na Câmara de Vereadores
Na sexta-feira, (17/2), Valois participará do debate “Encarceramento em massa e política de segurança pública”, às 18h30, na Câmara Municipal de São Paulo. O encontro contará também com a presença de Débora Maria da Silva, coordenadora do Movimento Mães de Maio, Adilson Paes de Souza, tenente-coronel da reserva da Polícia Militar de São Paulo PM-SP, Frederico Almeida, professor do Departamento de Ciência Política da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e Anna Carolina Martins e Pedro Rivelino, do Grupo de Trabalho “Mulher e diversidade”, da Pastoral Carcerária da Arquidiocese de São Paulo. A mediação será de Sâmia Bomfim, vereadora paulistana pelo PSOL.