Palhacinho, como era conhecido, foi morto a tiros na zona sul de SP; pessoas da região contam que ele teria sido morto por uma pessoa próxima após uma discussão
Um homem em situação de rua conhecido pelo apelido Palhacinho foi morto a tiros enquanto dormia na madrugada da última segunda-feira (13/1) na zona sul de São Paulo. Ninguém sabe seu verdadeiro nome, mas todos que cruzavam com ele nas redondezas da Avenida Guarapiranga afirmam: “ele era gente boa”.
Há 5 meses, ele passou a morar em uma esquina da Avenida Guarapiranga, número 4616, no Jardim São Luís, extremo sul da cidade de São Paulo. Ele morava entre duas caçambas de lixo com o seu cachorro.
A Ponte esteve no local nesta terça-feira (14/1) e conversou com moradores e comerciantes da região. “Ele era um cara tranquilo, gente boa. Nunca teve problemas com ninguém aqui. Todas as vezes que precisava entrar no meu estabelecimento pedia licença”, disse uma comerciante.
Pessoas da região ouvidas pela reportagem contaram que ele teria sido morto por uma pessoa próxima após uma discussão. Dois rapazes teriam se aproximado de Palhacinho, que dormia, e efetuado disparos.
Segundo informações da SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo), liderada pelo general João Camilo Pires de Campos neste governo de João Doria (PSDB), a Polícia Militar foi acionada para averiguar uma ocorrência de disparos de arma de fogo. Quando chegaram no local, Palhacinho já estava morto e apresentava ferimentos condizentes a disparos. A identidade dele não foi informada.
Ainda de acordo com a pasta, foram solicitados exames ao IC (Instituto Criminalista) e ao IML (Instituto Médico Legal). O caso foi registrado como homicídio qualificado no 92° DP (Parque Santo Antônio) que solicitou assessoramento ao DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). A reportagem procurou o DP e o DHPP, mas eles não quiseram comentar o caso.
É o sexto caso de mortes violentas de pessoas em situação de rua na Grande SP nos últimos três meses. Em novembro de 2019, quatro pessoas em situação de rua morreram depois de tomar bebida possivelmente envenenada, em Barueri, na Grande SP. No último dia 5 de janeiro, Carlos Roberto Vieira da Silva, 39 anos, morreu depois de ser atacado com fogo enquanto dormia na região da Mooca, zona leste da cidade de São Paulo.