Médium abusava de seguidoras alegando ‘amores de outras vidas’, dizem mulheres

Sebastião Camargo, conhecido na comunidade espírita, teria cometido abusos sexuais contra seguidoras, uma delas com 16 anos na época. “Pensava é que ele era uma pessoa mais espiritualizada que eu e sabia o que estava fazendo”, lembra vítima

O médium Sebastião Camargo | Foto: Reprodução / Instituto O Despertar da Consciência 

O natal de 2021 não foi uma noite feliz na casa do aposentado João Sanches, 65 anos, em Andradina, cidade do oeste paulista, que faz divisa com Mato Grosso do Sul. O momento que deveria ser de celebração entre familiares se transformou em frustração e revolta diante da revelação que o seu melhor amigo e mentor espiritual teria abusado sexualmente da sua filha mais velha, Raquel Caldeira, de 36 anos. 

Durante 15 anos, João esteve ao lado do palestrante espírita kardecista Sebastião Camargo, pelos mais diversos lugares do país em encontros religiosos, na divulgação dos livros escritos pelo médium e também em programas de rádio e TV. A relação íntima de amizade entre os dois fez com que fosse frequente a presença do líder religioso dentro da casa de João.

O clima fraterno entre os dois, além do grande respeito pelo trabalho espiritual de Sebastião, fez com que o médium tivesse uma grande influência dentro da residência de João Sanches. O amigo sempre era procurado para uma palavra de conforto e para auxiliar com conselhos em questões do cotidiano. Essa interferência dentro da família foi o estopim para que Raquel trouxesse à tona um segredo que guardou por mais de dez anos.

Durante o jantar, os pais comentaram com a filha que passariam a tomar pílulas que supostamente combateriam a Covid-19 e haviam sido recomendadas por Sebastião. Raquel, que é enfermeira e viu de perto a realidade da pandemia que matou milhares de brasileiros, resolveu falar pela primeira vez sobre os abusos que médium cometeu contra ela para que sua mãe e seu pai vissem que não poderiam mais confiar nele.

“Isso foi a gota d’água para eu entender o grau de manipulação dele e de loucura e cegueira das pessoas que o seguem. Me veio na memória tudo que havia acontecido e foi nesse dia que eu consegui nomear o que eu vivi. Eu havia sofrido uma abuso sexual e fui estuprada por ele”, relata Raquel Caldeira.

Devido ao histórico de proximidade entre Sebastião e seu pai, Raquel temeu que seus parentes não acreditassem em suas palavras, porém seus dois irmãos mais novos e sua mãe a acolheram de imediato e a reação de João Sanches surpreendeu a todos que estavam na casa da família.

“Eu fiquei muito nervoso quando soube de tudo que ele fez com a minha filha. Uma das primeiras coisas que eu fiz foi ligar para ele. Foi uma conversa muito rápida. Eu disse para ele que a Raquel tinha me contado tudo e que se ele aparecesse novamente na minha família e eu cruzasse com ele, eu iria arrebentar ele de porrada. Disse que ele era um sem vergonha e manipulador. Ele me respondeu pedindo perdão. Eu falei que ele tem que pedir perdão a Deus, porque eu mesmo não perdoo”, disse João Sanches.

A filha do melhor amigo

De família espírita há pelo menos duas gerações, Raquel Caldeira ouviu falar pela primeira vez no nome de Sebastião Camargo quando ainda estava no colegial, mas só veio conhecer o médium quando já não morava com os pais e estava na faculdade na capital paulista. Foi durante esse período que sua família se aproximou do líder espiritual.

Vivendo um relacionamento conturbado à época e estando muito triste com a situação, Raquel foi com os pais ao centro espírita de Três Lagoas para receber algum tipo de aconselhamento de Sebastião e ali teria ocorrido o primeiro episódio de abuso por parte do médium

“Ele me levou para uma sala com pouca luz e no final da conversa ele me perguntou se poderia me dar um presente. Eu respondi que sim, mas não imaginava o que viria depois. Ele veio e me deu um beijo na boca. Eu travei na hora em uma sensação de estar totalmente inerte. Ele era uma pessoa de tamanha confiança dos meus pais que eu não enxerguei maldade naquele momento”, lembra a enfermeira.

Da esquerda para a direita: Raquel Caldeira, sua mãe Elisa Sanches, seu pai João Sanches, e o médium Sebastião Camargo, em festa de Natal com a família | Foto: Arquivo pessoal

Diante de uma criação extremamente rígida e conservadora, Raquel Caldeira não podia ter aproximação, muito menos relação, com garotos durante a sua adolescência, só vindo a ter as primeiras experiências afetivas quando estava na faculdade. Ela lembra que só deu o seu primeiro beijo na boca aos 20 anos de idade. 

Sebastião Camargo conhecia todo o contexto amoroso da jovem por fazer parte e ter intimidade com o círculo familiar de Raquel. Ele tinha a noção plena das fragilidades emocionais da filha de João Sanches quando ela o procurou novamente em busca de orientação espiritual.

“Meu pai me levou até a casa dele, onde havia uma estúdio onde ele gravava as palestras, e depois foi embora me deixando sozinha lá porque tinha que resolver algumas coisas na cidade. A esposa do Sebastião não estava em casa. No estúdio nós conversamos e no final ele pergunta se poderia me ajudar e novamente não imaginava o que viria na sequência. Ele me levou até o banheiro e me colocou sentada em cima da pia. Ele tirou a parte de baixo da minha roupa e baixou as calças dele. Ali houve um ato de penetração e eu lembro dele ter me beijado como da primeira vez”, relata Raquel, afirmando que depois desse episódio a sensação de estranhamento foi muito maior do que antes.

Após esses dois episódios, Raquel Caldeira não mais tentava entender o motivo que levou Sebastião a tomar aquelas atitudes e passou a bloquear todo e qualquer pensamento em relação àqueles fatos. “A única coisa que eu pensava é que ele era uma pessoa muito mais espiritualizada que eu e sabia o que estava fazendo, ainda que não entendesse porque aquilo era necesário”, garante.

A terceira vez que Sebastião teria abusado de Raquel não ocorreu mais no interior, mas na capital paulista. Na cidade para ministrar palestras e divulgar um de seus livros, o médium foi junto com o então amigo João Sanches para buscar alguns exemplares que estavam na casa da jovem. Por ser algo que não demoraria, o pai da enfermeira ficou no carro, enquanto o líder espiritual subiu até o apartamento onde ela morava.

O médium Sebastião Camargo (esq.) ao lado de João Sanches, pai de uma de suas vítimas | Foto: Arquivo pessoal

“Dessa vez eu não pedi nenhum tipo de aconselhamento. Ele entrou no meu apartamento e me levou até o quarto agindo de um modo que dava a entender que não havia nenhuma violência física. Ele me colocou na cama, abaixou as calças e ali de novo ocorreu um estupro. Dessa vez de forma mais contundente e com mais movimentos do que da vez anterior”, relembra.

16 anos

Além de Raquel Caldeira, outras duas mulheres afirmam que foram abusadas sexualmente por Sebastião Camargo. De acordo com o que as três relataram à Ponte, a forma de aproximação, abordagem e a consumação da violência teria um padrão. Primeiro o líder espiritual ganharia a confiança das famílias, passando a ter um alto grau de intimidade com os membros e convivendo em momentos fora dos centros espíritas.

Os episódios ocorreram há cerca de 15 anos, quando duas delas tinham entre 20 e 22 anos, e uma ainda era menor de idade, com apenas 16 anos. Todas relatam que nesse período da vida passaram por situações de vulnerabilidade emocional e procuraram em Sebastião um lugar seguro para compartilhar suas angústias e pedir conselhos e direcionamento espiritual.

Todas as mulheres que afirmam terem sido agredidas sexualmente por Sebastião Camargo relatam que um dos lugares onde ocorreram os abusos foi dentro da sala de passe, sempre na penumbra, dos centros espíritas Irmã Joaninha, localizado em Andradina, e a Fraternidade Espírita Joana de Angelis, em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul. O médium se utilizava das doutrinas e crenças do espiritismo para justificar seus atos de cunho sexual, afirmando que ele e as vítimas já tinham tido casos amorosos em outras vidas ou fizeram parte da mesma família.

“A primeira vez que aconteceu comigo foi no centro espírita. A reunião já tinha acabado e as pessoas estavam saindo do local. Só ficamos eu e ele na sala, que estava numa penumbra. Ele me deu um beijo à força sem permissão. Ele não falou nada, só puxou meu braço e me deu um beijo. Eu fiquei assustada e achei tudo muito estranho. Meu pai e minha mãe estavam comigo naquele dia, mas já tinham saído do local quando tudo aconteceu”, conta a arquiteta Laiz Canevassi dos Santos, hoje com 30 anos, mas que tinha apenas 16 na época.

A segunda vez que Sebastião teria abusado de Laiz teria sido na própria casa onde a jovem morava, em Andradina. A família dela organizou um almoço para os membros do grupo espírita. Os próprios pais da garota pediram para o médium conversar particularmente como a filha, pois ela vinha passando por problemas emocionais.

“Fomos para um cômodo separado da casa e ao fim da conversa novamente ele puxou meu braço e me deu um beijo. Depois disso eu não falei nada para ninguém, mas evitava ficar próximo dele. Eu comecei a me sentir invadida pela diferença de idade que a gente tinha e pelo controle da situação que ele tinha”, relembra Laiz. 

Pela pouca idade que tinha quando aconteceram os abusos, a arquiteta confessa que desenvolveu traumas e teve muitas dificuldades para começar a ter relações afetivas com outras pessoas ao longo da vida.

A namorada do amigo

Uma médica que hoje tem 36 anos e prefere não ser identificada teve os seus primeiros contatos com Sebastião Camargo por conta de um ex-namorado que também dava palestras em centros espíritas. O relacionamento durou apenas um mês, mas tempo suficiente para que houvesse um episódio que ficaria marcado por muito tempo em sua vida.

Ela afirma que durante esse período o médium disse que ele já teria tido uma relação com o casal em outra encarnação e que seriam pessoas importantes na espiritualidade. “Eu não ligo para essas coisas de ego e por isso não dei importância a isso. Eu estava lá pelo meu namorado”, diz a médica.

Após o fim do relacionamento, ela procurou Sebastião para saber se o ex ainda gostava dela e se o namoro teria volta. “Ele disse que teria que pensar, que era para eu confiar nele e ele faria um passe diferente. Foi quando ele abriu minha boca e me beijou. Como foi sem a língua, eu imaginei que pudesse estar viajando. Mas não gostei, me senti violada”, diz ela, que, como não voltou com o namorado, nunca mais teve contato com o líder espírita.

A médica conhece Raquel Caldeira há décadas e foi através da enfermeira que ela criou coragem de falar desse assunto pela primeira vez. Sabendo que a amiga passou por situação semelhante, hoje ela enxerga o médium como uma pessoa perigosa e ardilosa. 

“Quando soube da Raquel não acreditei como quase caí na rede diabólica. Ela sempre teve poucos amigos, a pessoa mais reservada da escola, estudiosa, mas muito quieta, até demais. Então ela não pediria ajuda aos pais, que eram os maiores fãs desse monstro. Juro por tudo que é mais sagrado, nunca pensei que encontraria um psicopata na vida”.

Beijos na boca, esposa ciumenta e assexuado

Quem conviveu com Sebastião Camargo afirma que ele é atualmente um líder espírita com alguma influência. Conhecido dentro do meio kardecista em Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país, seu nome está ficando cada vez mais popular entre os seguidores da doutrina devido às suas palestras pelo Brasil, publicação de livros e participação em programas de rádio e TV especializados em espiritismo. Seu canal no YouTube, por exemplo, tem 35 mil assinantes.

Seu principal projeto é o Instituto O Despertar da Consciência. Segundo o site oficial, a organização tem a “finalidade orientar os seres para o conhecimento de si mesmos, promovendo a criatura humana, à luz do Ensinamento Universal dos Espíritos, por meio da sublimação de sua personalidade, consoante o que asseverou Kardec”.

Na mesma página, Sebastião é descrito como grande entusiasta da doutrina dos espíritos e que carrega o lema “só é feliz quem é livre. Só é livre quem assume responsabilidade”, além de apontar ter se aprofundado em três vertentes de estudo: filosofia, ciência e moral.

Na divulgação de uma de suas palestras em um centro espírita do bairro de Botafogo, na cidade do Rio de Janeiro, Sebastião se define como autodidata, que  trabalha para a causa do Cristo por amor, que os ensinamentos que lhe chegam pela mediunidade intuitiva não trazem nada de novo e que a fé vivenciada cura doenças, contribuindo com os tratamentos convencionais e os alternativos, ora em vigência.

João Sanches, que por mais de uma década rodou o país ao lado do ex-amigo para auxiliá-lo em suas palestras e divulgação de seus livros, conta que era comum o médium ter gestos de proximidades afetiva com mulheres, como abraços mais acalorados e andar de mão dadas pelas ruas.

“Ele é uma pessoa falsa e manipuladora. Não tem respeito nenhum pela religião. Ao longo das viagens que eu fiz com ele, eu via ele se esfregando com meninas. Na época eu achava que era normal, porque ele dizia que era assexuado e era um cara muito inteligente, eu achava que por isso as meninas se aproximavam dele e ele as tratava como um pai.

Em vídeos de suas palestras publicadas na internet, se vê que Sebastião Camargo tem um jeito de falar calmo, mas incisivo. Gesticula o necessário e a sua retórica de convencimento se dá pela mansidão.

“Um comportamento frequente dele é cumprimentar mulheres com selinho na boca. Isso não é feito de forma pública. A esposa dele parece ser uma pessoa extremamente ciumenta. Em várias vezes que meu pai presenciou isso, pedia para ele não fazer aquilo porque a esposa dele não iria gostar”, declara Raquel Caldeira.

“Uma vez lá em Marabá (PA) ele passou o tempo todo abraçado com uma mulher. Eu falei para ele parar com aquilo porque a mulher era casada, tinha uma filha adolescente. Se o marido visse aquela cena, ele não iria gostar. Aí o Sebastião me dizia para eu ficar tranquilo porque ele tinha vínculos de vidas passadas com aquela mulher e que teriam sido amigos em outra encarnação. A verdade é que ele me enrolou e eu aceitei essa história acreditando na mediunidade dele”, relembra João Sanches.

“Ele repetia sempre que as relações que ele tinha aqui na Terra não eram coisas carnais. Esse tipo de cumprimento [selinho] sempre acontecia com mulheres da idade dele, nunca pessoas mais novas ou com homens. Era consensual e partia das mulheres que o viam como uma pessoa muito espirituaizada”, relata Laiz Canevassi.

O tempo

Mesmo com os episódios tendo ocorrido há mais de dez anos, só no final de 2021 que Raquel Caldeira teve consciência da gravidade dos fatos e teve a coragem de denunciar às autoridades os abusos que sofreu por parte de Sebastião Camargo. Além de  boletim de ocorrência registrado na Delegacia da Mulher de Sorocaba, a defesa da enfermeira também registrou um Termo de Declarações no 23º DP (Perdizes), na capital paulista.

Para a advogada Thais Rêgo Monteiro, que está representando Raquel, mesmo que existam questionamentos sobre a demora para a vítima se pronunciar em relação a crimes desta natureza, é legítimo que a parte agredida procure o amparo da Justiça independentemente do tempo que se passou desde o cometimento do crime. 

“A polícia aceitou relatar mesmo sabendo do tempo passado desde o ocorrido e também entendeu pela condição de vulnerabilidade. Isso ainda precisa passar por um crivo do Ministério Público justamente por esse tempo decorrente”

Cláudia Luna, presidente da Comissão de Mulheres da Ordem dos Advogados do Brasil secção São Paulo, lembra que, dentre as vítimas que alegam terem sido abusado pelo líder espiritual, uma delas era menor de idade na época dos fatos e isso faz com que o crime não prescreva, uma vez que o prazo de prescrição (tempo em que um crime precisa ser comunicado para ser investigado e julgado) para esse tipo de crime é de 20 anos após a vítima completar 18 anos de idade.

“Outro aspecto importante é entender o quanto de abalo para saúde emocional esse tipo de crime traz para essas mulheres. Dar visibilidade a esses casos, uma vez que esses líderes espirituais abusam da confiança depositada pelas suas vítimas para realizar esses crimes, é algo extremamente grave. Eles utilizam da fé, tendo como instrumento a espiritualidade, para causar esse tipo de violência”, comenta Cláudia. 

Diferente de Raquel Caldeira, as outras vítimas que alegam terem sido abusadas por Sebastião Camargo ainda não entraram com nenhuma representação jurídica contra o médium, mas não descartam a possibilidade. “Eu ainda vou conversar com a advogada da Raquel para entender como posso ajudar com esse processo. Está acontecendo muita coisa na minha vida nesse momento, mas quero que esse inquérito contra ele ande o mais rápido possível”, declarou Laiz Canevassi.

Raquel busca com essa denúncia mais do que alguma punição para a pessoa que adentrou a intimidade da sua família e traiu a confiança de todos. Para ela, essa ação pode servir de exemplo para que outras mulheres não passem pelo que ela experienciou. 

“Eu sei que nada vai poder reverter a asquerosidade que eu e minha família vivemos. Para que eu me sinta recuperando a minha dignidade e eu possa ter paz de consciência como cristã, mulher e mãe, eu preciso ao menos tentar evitar que outras pessoas passem pelo que passei e isso inclui tomar as medidas cabíveis e tornar público o que ocorreu comigo. Assim eu espero que outras vítimas se sintam amparadas e principalmente que outras meninas se coloquem em risco ao inocentemente procurarem ele para um aconselhamento espiritual”, justifica.

Por nota enviada à Ponte, a Secretaria de Segurança de São Paulo diz que que “a Polícia Civil informa que o caso é investigado pelo 23º DP (Perdizes). Foi aberto um Inquérito Policial (IP) e as testemunhas estão sendo ouvidas. Mais detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial.”

O que diz Sebastião

Além das três vítimas que aceitaram falar sobre o médium para esta reportagem, havia uma quarta pessoa que tinha aceitado colaborar dando a sua versão sobre a sua relação com Sebastião Camargo. Porém, ela desistiu de dar entrevista após interferência do líder espiritual. Em contato com Raquel Caldeira, ela explica seus motivos para não colaborar.

Durante a apuração desta reportagem um amigo em comum de João Sanches e Sebastião Camargo entrou em contato com o pai de Raquel Caldeira a pedido do líder religioso. Em uma ligação telefônica, ele tenta fazer com que os antigos amigos se reaproximem e que os episódios do passado sejam esquecidos.

Mensagens carinhosas e de reaproximação foram mandadas nas redes sociais para Raquel através do perfil da esposa de Sebastião Camargo. A enfermeira estranha que essas declarações estejam sendo enviadas logo após ela denunciar o médium. “Ela nunca foi de me mandar essas mensagens e ter esse tipo de conversa. Eu desconfio que possa ser o próprio Sebastião que esteja enviando essas mensagens através do perfil dela”.

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O líder espiritual recusou-se a conceder entrevista à Ponte. Em uma breve mensagem pelo WhatsApp falou que desconhecia qualquer tipo de denúncia e por isso não teria nada a comentar sobre elas.

“Reservo-me o direito de não me manifestar, na medida em que não tenho conhecimento de quem são essas pessoas (tidas como denunciantes), muito menos sobre as supostas denúncias por eles atribuídas. Tenho uma vida pública e de serviços prestados aos meus semelhantes que falam por si”, escreveu Sebastião Camargo.

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