Comissão formada por moradores, comerciantes e ativistas de Direitos Humanos relatou abusos cometidos durante operações: invasões de propriedades privadas e violência contra dependentes químicos
Acompanhados de ativistas dos Direitos Humanos, moradores e comerciantes da Cracolândia realizaram um protesto na manhã desta quarta-feira (24/5) contra as recentes ações da Prefeitura de São Paulo e do governo do Estado na região central de São Paulo e que visam remover os dependentes químicos.
O protesto percorreu ruas das regiões dos bairros dos Campos Elíseos e da Luz, onde está a área de São Paulo conhecida como Cracolândia, e que têm sido alvo de constantes operações das polícias Militar e Civil, sob responsabilidade do governador Geraldo Alckmin, e da GCM (Guarda Civil Metropolitana), da gestão do prefeito João Doria, ambos do PSDB.
Justiça proíbe remoções forçadas dos dependentes químicos da Cracolândia
Ação da polícia para acabar com cracolândia gera terror em moradores e dependentes
Alckmin e Doria estavam na Cracolândia na manhã desta quarta quando a manifestação ocorreu. Os dois tiveram de deixar a área às pressas e sob os gritos de “fascistas”. Eles foram anunciar a construção de novos empreendimentos imobiliários naquela região.
Na sede da GCM, uma comissão de moradores foi recebida pelo Comando-Geral da corporação. A principal reivindicação dos manifestantes é que as forças de segurança têm invadido residências e comércios e também têm agido com violência contra os dependentes químicos durante abordagens.