PM desaparece após ser baleada em bar e levada para Paraisópolis, zona sul de SP

    Juliane Santos Duarte estava em um bar com duas amigas durante a folga, quando homens desconhecidos fizeram a abordagem e atiraram

    Juliane é cabo da PM e novata na corporação | Foto: Arquivo pessoal

    Uma policial militar está desaparecida desde a madrugada desta quinta-feira (2/8) após ter sido baleada em um bar em Paraisópolis, zona sul de São Paulo. Juliane Santos Duarte estava de folga quando homens desconhecidos a balearam.

    Segundo relato de testemunhas, a cabo da PM estava conversando com duas amigas em um bar na Rua Mechior Giola, quando foi abordada e baleada. Após a ação, os homens teriam arrastado a policial para dentro da comunidade. Ela está desaparecida até o momento.

    Antes de ir para o bar, a policial estava em um churrasco na casa de um casal de amigos, que acabou informado do ataque e posterior sumiço pelas duas amigas que estavam com Juliane. Uma delas teve a moto roubada no ato.

    O caso foi registrado no 89º DP (Distrito Policial), no Portal do Morumbi como desaparecimento de pessoa – e não como possível sequestro – ocorrido por volta de 6h. O B.O. (Boletim de Ocorrência) foi registrado às 12h42.

    Juliane Santos Duarte está lotada na 2ª Companhia 3º BPM/M (Batalhão de Polícia Militar Metropolitano), com base na Vila Guarani, zona sul de SP.

    O desaparecimento da PM ocorre um dia após três viaturas da corporação serem atacadas a tiros por motocicletas. Nenhum dos oficiais ou praças se feriu nas ações. Os veículos eram de batalhões diferentes na capital, uma delas do 16º BPM/M, na zona oeste.

    Conforme publicado pela Ponte, áudios atribuídos ao PCC (Primeiro Comando da Capital) nesta quarta-feira (1/8) sugeriam retaliação da facção criminosa pela morte de quatro integrantes em ação da Rota.

    Foto da policial no arquivo da PM | Foto: Arquivo pessoal

    No domingo (29/7), uma viatura da Rota recebeu denúncia de que haveria o encontro de integrantes do PCC em uma casa no Capão Redondo, zona sul da capital. Segundo a polícia, os quatro suspeitos perceberam a presença dos PMs e atiraram.

    Três deles morreram na suposta troca de tiros dentro da residência: Thiago Rodrigues Caetano, 31 anos, Eliscarlos Rocha Vieira, 38, e Wellington Sidney Ferreira, 34. O quarto homem tentou fugir pulando o telhado de uma casa vizinha, “foi atingido por alguns projéteis” e morreu no Hospital Municipal do Campo Limpo, ainda segundo a versão oficial.

    Questionadas pela Ponte sobre o desaparecimento da soldado Juliane, a SSP (Secretaria da Segurança Pública), através de sua assessoria de imprensa terceirizada, a InPress, explicou que a PM recebeu informações sobre o desaparecimento da policial na manhã desta quinta-feira (2/8) na comunidade de Paraisópolis.

    “De imediato, a instituição determinou operações em Paraisópolis e arredores com objetivo de localizar a vítima. Equipes do 89º DP também estão no local. Foi registrado um B.O de desaparecimento e as investigações estão em andamento”, explicou a pasta, sem especificar há quantas horas a PM Juliane está desaparecida, qual suporte do Estado à família da policial e se há algum tipo de relação do caso com as supostas ameaças de retaliação por parte do PCC.

    Já que Tamo junto até aqui…

    Que tal entrar de vez para o time da Ponte? Você sabe que o nosso trabalho incomoda muita gente. Não por acaso, somos vítimas constantes de ataques, que já até colocaram o nosso site fora do ar. Justamente por isso nunca fez tanto sentido pedir ajuda para quem tá junto, pra quem defende a Ponte e a luta por justiça: você.

    Com o Tamo Junto, você ajuda a manter a Ponte de pé com uma contribuição mensal ou anual. Também passa a participar ativamente do dia a dia do jornal, com acesso aos bastidores da nossa redação e matérias como a que você acabou de ler. Acesse: ponte.colabore.com/tamojunto.

    Todo jornalismo tem um lado. Ajude quem está do seu.

    Ajude

    mais lidas