Apesar disso, Waldez Góes (PDT) chamou agressão de ‘fato isolado’; PMs que deram rasteira e soco no rosto de mulher foram afastados das ruas, mas ganhando o mesmo salário
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra uma mulher negra sendo espancada por policiais militares em Macapá. As agressões teriam começado após a mulher tentar filmar uma abordagem a outras pessoas.
Depois que o vídeo ganhou repercussão nas redes sociais, o governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), se posicionou sobre a ocorrência e reconheceu que a cena de agressões praticadas pela PM “fica ainda pior pois é recheada de racismo”.
De acordo com informações do portal G1, a vítima das agressões é uma pedagoga de 39 anos, e o caso aconteceu na noite da última sexta-feira (18), na região chamada de Loteamento São José, que fica na zona norte de Mapacá.
As imagens mostram três policiais militares abordando, inicialmente, dois homens. Um deles, que é negro, está de pé com um policial o tocando, enquanto o outro está sentando com as mãos à cabeça.
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A mulher aparece nas imagens após um PM pedir para ele se afastar de onde os dois homens estavam sendo abordados. Em seguida, um outro policial militar vai em direção a ela, segura pelos braços, tenta dar uma rasteira e inicia as agressões. Ela foi enforcada, caiu ao chão e ainda levou um soco no rosto. Em seguida, ela foi algemada e colocada na viatura.
De dentro de uma casa, possivelmente um familiar da mulher agredida filma a ação e começa a gritar na tentativa de intervir na violência. Uma criança também é ouvida aos fundos, chamando pela tia, que era agredida.
A nota publicada pelo governador nas redes sociais afirma que as imagens do PM “agredindo covardemente uma cidadã envergonham as forças de segurança e o Estado do Amapá”. Góes considerou o caso como “um fato isolado e não reflete a atuação de milhares de pais e mães de família que diariamente vestem uma farda e se dedicam a proteger e servir nossa população”.
Os policiais envolvidos no caso foram afastados e, segundo o governador, foi determinado ao Comando Geral da PM “uma apuração criteriosa e rápida dos fatos mostrados no vídeo”. Góes disse que “cenas como essa não podem ser toleradas e não podem se repetir”.
Na redes sociais, ativistas de movimentos negros convocam um ato para a próxima terça-feira (22), em frente ao Batalhão da Polícia Militar no bairro de Beirol, em Macapá. Também é usado a hashtag dizendo que não foi um caso isolado, rebatendo o posicionamento do governador.
Solidariedade à pedagoga Eliane do Espirito Santo da Silva que foi torturada e levada presa ao questionar uma abordagem violenta que a PM fez contra sua família, no AMAPÁ.
— Douglas Belchior (@negrobelchior) September 20, 2020
ATO MOV. NEGROS AMAPAENSE!
Dia 22 às 16h em frente ao batalhão da PM no beirol. #NaoFoiUmCasoIsolado pic.twitter.com/3Czb5rI2XR
[…] Publicado originalmente no site da Ponte Jornalismo […]
[…] Com informações da PonteJornalismo […]
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