PonteCast | As pontes de afeto e identidade entre mulheres lésbicas

    Em homenagem ao Dia da Visibilidade Lésbica, a Ponte promoveu uma conversa entre três mulheres lésbicas de diferentes recortes: Gabriela Augusto, Camila Marins e Deborah Martins

    Você sabe por que mulheres lésbicas têm um dia para pedir por visibilidade? Definido em 29 de agosto de 1996, o Dia da Visibilidade Lésbica surgiu em após a realização do 1º Senale (Seminário Nacional de Lésbicas). Na ocasião, mulheres lésbicas, principalmente negras, se reuniram para lutar por seus direitos.

    Para homenagear a data e a luta das mulheres lésbicas, promovemos uma conversa, ou melhor, uma ponte entre três mulheres lésbicas de diferentes recortes, para mostrar a importância da pluralidade da luta.

    Gabriela Augusto, mulher trans e negra, é diretora e fundadora da Transcendemos Consultoria, que tem foco em empregabilidade para pessoas trans. Camila Marins, mulher negra, é jornalista e uma das editoras da Revista Brejeiras, uma publicação de e para mulheres lésbicas. Deborah Martins, mulher indígena, é cozinheira e cuida da página Alecrim Baiano, que luta por uma alimentação consciente e acessível. De São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia.

    Durante a conversa, Gabriela, Camila e Deborah trouxeram um pouco de suas vivências enquanto mulheres lésbicas em uma sociedade heteronormativa [conceito de que apenas os relacionamentos entre pessoas de sexos opostos são corretos], que enxerga a mulher sapatão de duas formas, como definiu Deborah, “a do pecado e a do fetiche”.

    Luana Barbosa e Marielle Franco, mulheres que amavam mulheres e foram assassinadas, foram lembradas durante a conversa. “Precisamos defender nossas vidas. Não estamos lutando apenas por visibilidades. Estamos lutando para mudar essa realidade complexa que se apresenta”, afirmou Camila.

    Também ouvimos o processo de transição de gênero de Gabriela, que precisou sair do armário duas vezes: como mulher trans e como lésbica. A ausência de representatividade, apontou, foi um dos problemas para se descobrir. “Eu não vejo, com frequência, histórias como a minha [mulher trans e lésbica]”.

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