No episódio 74, o videomaker Victor Ribeiro, da Witness Brasil, fala sobre a poderosa arma que temos para denunciar a violência de Estado
Como filmar uma ação policial truculenta? Essa foi a pergunta principal do papo com o Victor Ribeiro, diretor da Witness Brasil, organização internacional que treina e apoia pessoas usando vídeo em prol dos direitos humanos, no episódio 74 do nosso PonteCast.
“O vídeo, cada vez mais, vem se tornando uma coisa importante, as pessoas tem uma câmera no seu bolso. O ato de contar uma história em vídeo não é mais um privilégio de comunicadores, jornalistas”, apontou Ribeiro.
Em parceira com a Witness, a Ponte lançou uma campanha para receber vídeos de abusos policiais em dezembro de 2019, que foi intitulada de #celularemlegitimadefesa.
“A gente fala muito sobre o direito de filmar, que não é um direito tipificado na nossa Constituição, mas existe um conjunto legal que nos assegura se comunicar, se manifestar, ter liberdade de expressão e nos assegura o monitoramento da ação de agentes públicos em espaços públicos”.
Estamos disponibilizando nossos episódios também no YouTube da Ponte. Solta o som!
[…] Ouça: PonteCast | Como filmar a polícia em segurança? […]
[…] Na mesma direção, outras tantas redes e plataformas desenvolvem estratégias de monitoramento de denúncias de casos de violência policial e de violações de direitos durante a pandemia. A Rede de Proteção e Resistência contra o Genocídio elaborou um formulário de denúncias anônimas para casos de violações de direitos humanos no estado de São Paulo e outro para violações trabalhistas. Em linha similar, o Observatório dos Direitos Humanos – Salve Sul, uma rede que atua de maneira descentralizada, composta por lideranças comunitárias, coletivos, movimentos e instituições localizadas nas periferias da região sul de São Paulo, em parceria com centros de pesquisa e estudos universitários elaborou uma plataforma colaborativa virtual – que busca monitorar, de forma georreferenciada, violações de direitos cometidas por agentes do Estado, como falta de equipamentos de saúde, dificuldades em acessar o auxílio emergencial, falta de atendimentos, entre outras situações e informações disponíveis. Jornalistas e coletivos de mídia independente, por sua vez, fazem o seu trabalho, dando também mais um lance em uma experiência anterior já consolidada, organizando campanhas para que se registrem imagens de eventos de violência policial. […]
[…] Artigo Original […]