No episódio 33, recebemos Carlos Dias que, pela primeira vez, conta como foi vítima da imprensa em uma história mal contada e que, depois de 25 anos, virou livro
“Posso fumar um cigarro antes da gravação?”, me pergunta o sorridente Carlos Dias em frente ao estúdio onde gravamos o PonteCast, na região da Penha, zona leste de São Paulo. O jornalista, professor universitário e escritor está em outro ritmo desde que largou a capital paulista por uma cidade no interior de Minas.
Em 1994, depois do expediente, o jornalista, que na época trabalhava no extinto Jornal da Tarde, foi até um bar com uma colega de trabalho. Conversaram sobre algumas mudanças na redação e ele foi embora para a casa. A mulher dele, à época grávida, o aguardava. Ele chegou e estava se preparando para deitar quando a polícia anunciou a chegada pelo interfone. Carlos, segundo os investigadores, estava sendo acusado de tentar matar uma prostituta naquela noite.
O cargo que Carlos ocupava e mesmo a história, que misturava crime e escândalo, fizeram com que a imprensa paulistana fosse, no dia seguinte, cobrir o caso. Esse foi um divisor de águas na vida do jornalista, que se viu pré-julgado pela forma com que a imprensa de uma forma geral contou a história e a carreira, em ascensão, ruir meses depois. “É possível contar muitas mentiras falando só verdades”, disse neste emocionante episódio do PonteCast apresentado por Maria Teresa Cruz.
Em “Nas cocheiras da imprensa”, Carlos Dias conta a sua versão para os fatos e exorciza, de certa forma, tudo de ruim que aconteceu e a mudança drástica que se viu obrigado a fazer em sua vida.
Para tornar possível a publicação e distribuição do livro, que está sendo produzido de forma independente por ele, Carlos está fazendo uma campanha de financiamento online. Para saber mais, acesse Benfeitoria.
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