PonteCast | Morte e cegueira, as violências cometidas pela PM

    Edição #40 do PonteCast traz diferentes casos de violência policial, desde quatro mortes em São Vicente, litoral sul de SP, até cegar uma jovem na periferia de São Paulo

    Como o braço armado do Estado pode violentar sua população? No episódio #40 do PonteCast, os repórteres Arthur Stabile e Paloma Vasconcelos contam quatro casos em que mortes e cegueiras têm PMs como principais suspeitos. Este capítulo conta com a participação do advogado Ariel de Castro Alves, conselheiro do Condepe (Conselho Estadual de Direitos da Pessoa Humana) de São Paulo.

    De começo, Paloma detalha a morte de quatro pessoas em São Vicente, descoberta pela Ponte após um vídeo nas redes sociais mostrar dois policiais jogando uma pessoa na água do Dique Do Caxeta. Indo ao local, a repórter descobriu se tratar de um rapaz de 16 anos e que a namorada, de 15, estava grávida. Ela traz detalhes de que os PMs chegaram atirando e fizeram ameaças de morte a quem divulgasse vídeos das ações.

    Outro caso fatal envolve Jean Jhonatan da Silva, na favela do Caixa D’água, no Cangaíba, em Ermelino Matarazzo, zona leste de São Paulo. Ele teria tido uma discussão com a mulher e a polícia chegou atirando 5 vezes em seu peito. A repórter traz o que ouviu de familiares e vizinhos quando esteve na quebrada.

    Para finalizar, dois casos com adolescentes: primeiro Gabriella Talhaferro, cegada por uma bala de borracha disparada pela PM. Além de ser agredida e perder a visão, ela ainda foi ofendida, satirizada pelo PM, que negou prestar socorro. Ela teve de andar 30 quilômetros até conseguir atendimento.

    Outra vítima é Lucas Santos, 14, que desapareceu, segundo relatam os seus familiares, após uma abordagem policial em Santo André. O repórter Paulo Eduardo Dias conta esse drama dos parentes e amigos da favela onde o jovem mora, na periferia da cidade do ABC Paulista. São três dias sem saber o paradeiro do garoto.

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