Intenção da Rede de Proteção e Resistência ao Genocídio é manter divulgação dos casos em meio à pandemia e isolamento social, que limita acesso presencial às vítimas
A Rede de Proteção e Resistência ao Genocídio, grupo que atua na cidade de São Paulo e na região metropolitana para denunciar violações de direitos, criou um canal de denúncias para violências cometidas pelo estado. É garantido anonimato de quem repassa as informações.
Os casos podem ser repassados através de um formulário online do Google (acesse clicando no link), no qual as pessoas informam a corporação responsável pelo abuso, a idade das vítimas, quantas pessoas foram afetadas, o gênero, raça e se a pessoa integra a comunidade LGBT+ ou não.
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Para facilitar a comunicação e encaminhamento dos casos, o coletivo incluiu espaço para o denunciante descrever características físicas, placa e cor do veículo, detalhes do uniforme ou identificação da pessoa.
Há também uma área destinada a fotos e vídeos da ação truculenta. O material pode ser enviado para o e-mail [email protected].
Um dos casos com acompanhamento da rede envolve as mortes de Juan Oliveira Ferreira, 16 anos, e Gabriel Silva Dantas, 18 anos. Os dois morreram assassinados no Jardim Elba, zona leste da cidade de São Paulo, na quinta-feira (21/5).
Segundo familiares de Juan, um policial civil teria entrado na casa e executado o rapaz. Uma caminhonete branca, supostamente usada pelo homem no crime, posteriormente aparece sendo escoltada por viaturas da PM paulista.
De acordo com Marisa Feffermann, integrante da Rede de Proteção, a ideia da campanha é manter as ações mesmo durante a pandemia de coronavírus.
“O isolamento faz com que não possamos chegar nos locais em que as pessoas denunciam violência. Com a iniciativa conseguimos seguir recebendo denúncias e cobrar respostas do poder público”, sustenta.
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No informe sobre a nova ferramenta, a Rede explica que SP ganhou as manchetes por ser o epicentro do coronavírus, mas o governo de João Doria (PSDB) promove “uma movimentação de morte pelo uso de armas e da força avança por quem já vive sob ameaças e medo”.
“É extremamente importante termos um mapeamento da violência nas periferias de São Paulo, isso nos dará informações sobre onde agir e acionar os órgãos competentes para que cumpram com sua função”, sustenta o coletivo.
Ainda há um formulário para denúncia de violações dos direitos trabalhistas em meio à quarentena. A Rede oferece suporte para quem perder o emprego ou tiver problemas em seus trabalhos por conta da Covid-19.
Serviço:
Campanha da Rede de Proteção
Denúncia de violência policial:
https://forms.gle/f446ajmbiPpcmyVC6
Violações de direito do trabalho:
https://forms.gle/qpEcaq1QgWAn4nys6