Dois artistas foram vítimas de homofobia após tentarem defender funcionários que estavam sendo humilhados por cliente em estabelecimento da zona oeste de São Paulo
Dois artistas e funcionários de uma padaria tradicional da zona oeste da cidade de São Paulo foram alvos de ataques homofóbicos de uma cliente, na noite da última sexta-feira (20/11). Vídeos mostram os ataques verbais e físicos praticados pela advogada de 45 anos.
De acordo com a assessoria da padaria Dona Deôla, os ataques da mulher começaram quando os dois artistas tentaram impedir que ela humilhasse funcionários do estabelecimento. Imagens mostram a agressora jogando papéis no chão e dizendo: “sabe para que você presta? Para pegar meus restos” para uma atendente.
Neste momento, um dos artistas se aproxima e fala que a mulher “não tem o direito de fazer isso com ela”. Em outro vídeo, o segundo artista conversa com a agressora, que diz: “eu não sou prostituta, meu amor, sou advogada internacional. Cala sua boca, sua bicha do caralho”.
A reportagem tenta contato com a agressora por telefone e e-mail. As redes sociais atribuídas a ela foram encontradas fora do ar na tarde deste domingo (22/11). Segundo a padaria, Lidiane Biezok, como foi identificada, é cliente do local e, embora não conste nos inscritos da OAB, a Secretaria de Segurança Pública afirma que ela é advogada.
Em um outro vídeo que a Ponte teve acesso, a mulher grita com empregados da padaria e diz que os alimentos servidos ali são “lixo”. Diante dos pedidos para ela falar baixo, novamente ela tem ataques homofóbicos. “Cala boca, viado do caralho”, disse apontando o dedo para o rosto de um funcionário.
Depois dos ataques verbais com os funcionários, a mulher também partiu para agressão física contra um dos artistas. Vídeos que circulam nas redes sociais mostra a agressora jogando objetos e puxando o cabelo da vítima, que não reage. E mesmo sem esboçar nenhuma reação, a mulher fica o chamando de “agressor de mulher” e manda ele colocar a mão nela.
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Segundo a padaria, a agressora é cliente do estabelecimento e já teve ataques outras vezes, quebrando pratos e xingando a comida do local, no entanto, essa foi a primeira vez que ela teve ataques racistas e homofóbicos.
Depois da ação violenta da mulher, a padaria acionou a Polícia Militar. Os dois artistas, dois funcionários e a agressora foram conduzidos para o 91º DP (Ceasa), onde foi registrado um boletim de ocorrência. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo a advogada foi presa em flagrante e deve responder pelos crimes de lesão corporal, injúria e homofobia.
Por meio de nota, a padaria Dona Deôla disse que “se solidaria com as vítimas desse ato repugnante e se coloca à disposição para prestar toda assistência necessária”. O estabelecimento reiterou ainda o “repúdio a qualquer tipo de discriminação e o compromisso com a proteção e bem-estar dos funcionários e clientes”.
O HOA Tour, grupo que os artistas fazem parte, também publicou um comunicado dizendo que os dois alvos do ataque estão bem e em segurança, e disse que advogados estão “tomando providências jurídicas a fim de uma reparação justa e adequada às necessidades das vítimas, que também terão assistência psicológica à disposição”.
[…] Publicado originalmente no site Ponte Jornalismo […]
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[…] A moça está visivelmente com algum problema e precisa de tratamento. A notícia é do site Ponte Jornalismo: […]
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[…] apesar de não ter registro na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), durante uma agressão a dois artistas e funcionários de uma padaria tradicional da zona oeste da cidade de São […]
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