Nesta semana, ao menos 18 pessoas foram mortas em ações da PMERJ apenas na capital do Estado e em Angra dos Reis; fotógrafo passou por cirurgia e bala está alojada no cérebro
A rotina de tiroteios no Rio de Janeiro tem feito vítimas atrás de vítimas. Principalmente durante ações da PMERJ (Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro), as mortes fazem parte do dia a dia. Somente neste sábado (3/2), quatro foram mortos em operação de policiais, uma pessoa em troca de tiros entre milicianos e traficantes (segundo versão oficial) e um fotógrafo acabou baleado na cabeça.
As quatro pessoas morreram em operações em comunidades da capital fluminense: três vítimas no Complexo do Chapadão e uma na Cidade de Deus. Outras dois baleados sobreviveram. O Estado convive com a violência: ao menos mais 14 pessoas foram mortas por policiais somente nesta semana no Rio de Janeiro e em Angra dos Reis.
A ação da polícia no Complexo do Chapadão, na zona norte, terminou com a morte de Willians Paulo de Almeida, de 24 anos, Pablo Ferreira de Oliveira, 19, e Vademir da Conceição, 20. Segundo a corporação, houve troca de tiros com as vítimas, consideradas suspeitas, e, resgatadas ao Hospital Estadual Carlos Chagas, não resistiram.
Na Cidade de Deus, bairro localizado na zona oeste do Rio, outro suposto confronto deixou um morto, cujo identificação não foi divulgada. Tiroteios durante a semana na comunidade causaram a ação da PMERJ. A Linha Amarela, que liga a zona oeste à zona norte, ficou interditada em diversos momentos.
Outra pessoa morreu e uma ficou ferida na Praça Seca, segundo a polícia em uma troca de tiros entre traficantes e milicianos pelo comando da venda de trocas no local.
Na madrugada deste domingo (4/1), um fotógrafo acabou baleado na cabeça ao passar pela Avenida Brasil, na altura de Bangu. Emanuel Resende, de 19 anos, está internado no Hospital Pedro II, em Santa Cruz, zona oeste. Familiares informaram através do Facebook do profissional que ele passou por cirurgia e a bala não foi retirada após avaliação dos neurocirurgiões por estar em região delicada e “pelo risco de comprometimento de áreas motoras do seu corpo”.
“Todos os procedimentos cirúrgicos necessários foram feitos e após a cirurgia meu filho, com lucides, falou sobre o que aconteceu e até mostrou-se preocupado com os compromissos do seu trabalho”, segue o texto escrito por sua mãe. “O nosso querido Manu está se recuperando com bravura e determinação”.
*Com informações da Agência Brasil