Ato realizado na noite de segunda foi uma resposta à condenação do jovem negro, que afirma ter sido vítima de “flagrante forjado”
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Quatro dias após a condenação do jovem negro Rafael Braga, movimentos sociais realizaram, na noite desta segunda-feira (24/4), na Avenida Paulista, região central de São Paulo, uma vigília pedindo a libertação do catador. Na quinta (20), o juiz Ricardo Coronha Pinheiro, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, condenou o catador a 11 anos e três meses de prisão pelos crimes de porte de drogas e associação ao tráfico, num processo em que a principal prova era a palavra dos policiais militares e que Rafael denunciou como um “flagrante forjado”.
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Em concentração desde as 18h, portando velas e cartazes, centenas de pessoas compareceram ao vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo) e, uma hora depois, ocuparam a Avenida Paulista durante quase três horas. Com apoio de um carro de som, membros de diversos movimentos sociais clamaram por justiça e pela liberdade de Rafael.
Jovem, negro e pobre, Rafael Braga virou símbolo do movimento negro após ser preso em junho de 2013, portando duas embalagens fechadas de produtos de limpeza. Segundo a polícia, o material seria usado para a confecção de explosivos.
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Após o episódio, Rafael encontrava-se em regime aberto, com uso de tornozeleira eletrônica havia pouco mais de um mês, quando foi preso novamente, em 12 de janeiro do ano passado. A prisão ocorreu quando ele caminhava da casa de sua mãe para uma padaria na Vila Cruzeiro, favela no bairro Penha, zona norte do Rio, onde vive sua família.
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