PonteCast | Sobre noções de justiça e o desmonte da ciência na era Bolsonaro

    No episódio 24, falamos sobre a anulação do julgamento de dois dos quatro condenados pela chacina de Osasco, a possível intimidação a um neurocientista e o Slam das Minas quebrando tudo e dando seu recado

    O episódio #24 do PonteCast abordou a decisão do Tribunal de Justiça que determinou novos julgamentos para o ex-PM Victor Cristilder e o guarda Sérgio Manhanhã, dois réus condenados pela Chacina de Osasco, a maior da história de São Paulo, quando 23 pessoas foram mortas em 2015.

    O repórter Arthur Stabile esteve no julgamento de recurso da defesa, na última quarta-feira (24/7), em que dos dois condenados questionaram as provas que levaram a condenação, e trouxe um relato emocionante de Zilda Maria de Paula, mãe de Fernando Luís de Paula, uma das vítimas, que citou a recente expulsão dos três PMs do quadro da corporação. O novo julgamento ainda não tem data para acontecer, mas os dois outros ex-PMs tiveram a condenação mantida.

    Na sequência, a editora e repórter Maria Teresa Cruz traz fala sobre a filmagem, feita por um militar, da palestra de Sidarta Ribeiro, neurocientista da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e integrante da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, que fez uma fala contundente contra cortes do governo federal de Jair Bolsonaro (PSL). Na última sexta-feira (26/7), Sidarta concedeu uma entrevista à Ponte para falar sobre o assunto.

    Para finalizar, a repórter Paloma Vasconcelos conta como foi a edição de julho do Slam das Minas, realizada no último domingo (21/7), na Galeria Olido, região central de São Paulo. Além de contar sobre a última edição da batalhe de poesia feita por e para minas, monas e manas, que teve como vencedora a poeta Jéssica Campos, seguida pela poeta Tawane Theodoro, Paloma explicou como funciona o Slam das Minas, batalha fundada pelas poetas Mel Duarte, Luz Ribeiro, Carol Peixoto e Pam Araujo. A edição garantia vaga para a final, que ocorrerá em dezembro. Para quem quiser acompanhar a batalha, ela rola sempre no terceiro domingo do mês.

    Também falamos sobre a coletânea “Querem nos calar: Poemas para serem lidos em voz alta“, uma antologia com 15 poetas das 5 regiões do Brasil, organizado pela poeta Mel Duarte.

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    Zilda Maria, mãe de um dos mortos da chacina, e outros parentes de vítimas protestam diante do Tribunal de Justiça | Foto: Arthur Stabile/Ponte Jornalismo

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