Preso de 67 anos, detido na Penitenciária 2 de Sorocaba, é a segunda morte por Covid-19 no sistema prisional; outro preso morreu no Rio de Janeiro
O preso José Iran Alves da Silva, 67 anos, é a primeira morte pelo novo coronavírus registrada no sistema prisional do estado de São Paulo.
Segundo a SAP (Secretaria Estadual da Administração Penitenciária), do governo João Doria (PSDB), o detento morreu neste domingo (19/04), na Santa Casa de Misericórdia de Sorocaba, no interior do estado, onde estava internado desde o último dia 9.
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Silva estava preso desde 3 de maio de 2016 na Penitenciária 2 de Sorocaba. Outros dois detentos do mesmo presídio tiveram o teste confirmado para Covid-19, segundo o governo. Um está internado na Santa Casa e outro no Hospital Regional de Sorocaba.
No último dia 9, Silva foi atendido na enfermaria do presídio e apresentava um quadro febril e falta de ar. Ele foi encaminhado para uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e depois removido para a Santa Casa da cidade.
Ainda segundo a SAP, os colegas de cela de Silva estão isolados e são monitorados. A pasta informou também que, por precaução, suspendeu o banho de sol na unidade prisional.
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O governo disse que foram distribuídas máscaras de proteção para os presos da Penitenciária 2 de Sorocaba, assim como nos demais presídios do Estado.
O painel do Depen (Departamento Penitenciário Nacional), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, com dados sobre o monitoramento de presos com Covid-19 no Brasil, não havia computado o óbito registrado na P2 de Sorocaba até as 21h de hoje.
Os números do Depen apontam 158 presos no País com suspeita da doença e 62 casos confirmados, além de uma morte, ocorrida na quarta-feira (15/4) no Rio de Janeiro. No estado de São Paulo, os dados do Depen são de 51 casos suspeitos e quatro confirmados.
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Além de idoso, Silva sofria de hipertensão e também fazia tratamento da próstata. Ele era considerado um paciente de alto risco.
O medo de contrair coronavírus já é uma realidade no sistema prisional paulista. Em Junqueirópolis (SP), presos escreveram cartas pedindo socorro. Na mensagem, eles afirmam que o presídio recebeu detentos de outras regiões e que têm receio de que algum recém-chegado possa estar infectado.
Na correspondência, os presos afirmam que, se houver uma proliferação da doença na unidade prisional, nada poderá ser feito, pois o presídio não tem recurso nem estrutura para cuidar dos doentes.