Governo Federal manda equipe com 36 membros da Polícia Federal e Força Nacional ao estado após morte de Gegê do Mangue e Paca; violência local tem ligação com disputa entre facções
O Governo Federal antecipou o envio de uma força-tarefa ao Ceará após a morte de dois líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital) em área indígena no Estado. A medida já estava prevista para atuar na guerra de facções.
São 36 policiais federais e agentes da Força Nacional de Segurança Pública que têm a missão de fortalecer operações de inteligência da polícia cearense. O grupo desembarcou na Base Aérea de Fortaleza na madrugada desta segunda-feira (19/2).
A presença do grupo estava prevista desde o fim de janeiro, quando uma chacina deixou 14 mortos em uma festa na capital Fortaleza e uma briga na Cadeia Pública de Itapajé, 130 km da capital, terminou com 10 presos mortos e oitos feridos.
Os crimes teriam acontecido em disputa da facção local GDE (Guardiões do Estado), aliada do PCC, com o CV (Comando Vermelho) pelo comando do tráfico de drogas na região.
A morte de Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca antecipou a chegada. Número 1 do PCC nas ruas, Gegê do Mangue e seu comparsa foram vítimas de emboscada em Aquiraz, quando um helicóptero fez voos rasantes e disparou, segundo relato de testemunhas.
Para o Ministério Público, a morte ocorreu por acerto de contas dentro da facção. Gegê teria sido o mandante da morte de Edilson Borges Nogueira, o Birosca, assassinado durante banho de sol em Presidente Venceslau (SP), em dezembro passado. A ação ocorreu sem consentimento dos líderes máximos do Partido, então presos em isolamento à época.
Além do envio antecipado da força-tarefa ao Ceará, a morte da dupla do PCC fez a sede da Pefoce (Perícia Forense do Ceará) receber reforço na segurança enquanto os corpos estiverem no local por “precaução”. Familiares de Paca e Gegê estão em Fortaleza para liberar os cadáveres.
A SSPDS (Segurança Pública e Defesa Social do Ceará) explicou que a Polícia Civil está responsável por investigar as circunstâncias dos crimes. O reconhecimento da dupla foi feita através de necropapiloscopia, que é a análise das papilas dérmicas.
Então na lista de criminosos mais procurados pela Polícia Civil de São Paulo, o perfil de Rogério Jeremias de Simone já não aparece mais no site da corporação, que oferece recompensa por pistas de foragidos.
* Com informações da Agência Brasil