No episódio 34, falamos sobre chacina ocorrida em SP, a volta para a casa de uma vítima de prisão ilegal e a Ponte como finalista do Prêmio Vladimir Herzog
Na terça-feira de manhã, a equipe da Ponte foi pega de surpresa com a informação de que uma chacina havia ocorrido algumas horas antes, mais precisamente no fim da noite de segunda-feira (30/9), em Sapopemba, extremo leste de São Paulo. Três pessoas foram mortas e uma sobreviveu. A surpresa aconteceu porque, geralmente, quando algo desse tipo acontece, a imprensa em geral fica sabendo. E dessa vez isso não aconteceu. A Ponte noticiou primeiro e o repórter Arthur Stabile passou a cobrir o caso.
Dessa forma, descobrimos que o sobrevivente e única testemunha ocular do ocorrido está com medo de ser morto. Isso porque, segundo os moradores, policiais militares teriam feito uma espécie de aviso algumas horas antes da chacina. Na quinta-feira (3/10), três dias depois do ocorrido, PMs estiveram no bairro perguntando sobre a testemunha. O rapaz teme ser reconhecido, já que está com o ombro ferido o que poderia evidenciar quem é ele.

Nesta semana também noticiamos uma injustiça que foi desfeita: o caso do vendedor Rogério Xavier Salles, preso por tráfico de drogas, mas sem drogas. Rogério saiu da prisão e voltou ao trabalho. A reportagem da Ponte acompanhou a rotina dele e o resultado você confere aqui:
E, por fim, no episódio 34 a gente fez um pouco de autopromoção, porque a gente merece: somos finalistas do 41º Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos com a série “Sem Direitos”, feita em parceria com Amazônia Real e Colabora. A história contada pelos repórteres Carolina Moura, Fausto Salvadori e o fotógrafo Daniel Arroyo, que é o autor da imagem que ilustra esse EP, é a de Bruna Silva, mãe do Marcos Vinícius, morto aos 14 anos com o uniforme da escola onde estudava durante uma operação policial na Favela da Maré, no Rio de Janeiro. É do direito básico à vida que a Ponte trata nessa série. E, para nós, a indicação já é um sinal de que falar sobre o direito à vida é tema dos mais urgentes. A Ponte faz isso e seguirá fazendo. Aumenta o som!
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