No episódio 70, Débora Silva, fundadora das Mães de Maio, solta o verbo sobre violência policial, protestos e cenário político atual
Em maio de 2006, Débora Maria da Silva nem imaginava, mas sua vida mudaria completamente e passaria a ser marcada por dor e saudade — e também muita luta e transformação. O filho dela, Edson Rogério Silva dos Santos, foi uma das mais de 500 vítimas da reação das forças de segurança do Estado aos ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital). Pelo menos 59 policiais morreram.
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Débora, junto de outras mães que também perderam seus filhos no episódio que ficou conhecido como “Crimes de Maio“, fundou o Movimento Mães de Maio e, desde então, tem lutado incansavelmente por justiça, memória e, sobretudo, pelo combate à violência policial.
“A gente costuma dizer que não existe uma banda podre [na segurança pública], a gente fala que tem uma banda e meia, porque quem não pratica, omite”, critica. “Os governantes dão carta branca para que a violência policial ocorra e continue. O que a gente tem não é segurança, é insegurança pública”.
A repórter e editora Maria Teresa Cruz conduz a conversa com Débora no PonteCast. “O Brasil não fez a reparação histórica da escravidão. Os navios negreiros foram atualizados e são os presídios. Nossa luta é, antes de tudo, antirracista. Porque o racismo é o ponto central de toda essa discussão”, avalia.
Por causa da pandemia, muitas das atividades de sustento das mães ficaram prejudicadas. Por isso, o movimento fez uma campanha de arrecadação. Débora agradece e diz que qualquer ajuda é bem-vinda. As doações podem feita por depósito bancário, na conta corrente da Débora da Silva, coordenadora do movimento.
Dados para doação:
Débora da Silva
Banco do Brasil
Agência: 6202-1
Conta corrente: 23.322-6
[…] essa luta é globalizada, precisamos oferecer uma resposta global”, afirmou a brasileira Débora Silva, fundadora das Mães de Maio. Ao longo de sua fala, a mãe de Edson Rogério Silva dos Santos, […]
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