Vítima foi atingida no abdômen e bala permanece alojada. Outras duas pessoas ficaram feridas e uma jovem, de 17 anos, morreu
Com voz embargada e apreensivo, um dos sobreviventes do ataque a tiros em Carapicuíba, na Grande São Paulo, se mostrou aliviado por estar vivo. Em conversa por telefone, a vítima pediu para ter a identidade preservada.
“Tenho filhas, estou no lucro”, desabafa. “Estávamos na frente de um bar comemorando a despedida de um amigo, quando tudo aconteceu. Não quero nem falar muito sobre o assunto, ainda não sabemos quem fez isso. Tenho medo”, prossegue.
O sobrevivente foi atingido por um disparo no abdômen e precisou passar por atendimento médico, ainda na madrugada. De acordo com a secretaria da Saúde de Barueri, a vítima chegou ao pronto socorro central da cidade com três ferimentos – dois de raspão e um com bala alojada. “Os médicos fizeram uma sutura no local da bala após concluírem que não havia perigo de ela sair do lugar”, diz a nota. “O paciente passa bem e teve alta nesta sexta-feira por volta das 10h”.
O ataque aconteceu por volta de 22h40 da noite de quinta-feira (11/1), na Rua Severino Salgado de Vasconcelos, em Carapicuíba. Renata Batista dos Anjos, de 17 anos, morreu no local. Os disparos atingiram outras três pessoas, entre elas uma garota de 12 anos. A menina foi encaminhada para o PS da Vila Dirce, foi transferida para o Hospital Geral de Carapicuíba e tem quadro de saúde estável, segundo o departamento de Comunicação da Prefeitura do município.
Segundo o boletim de ocorrência, homens utilizando um veículo preto da marca Hyundai (HB20 ou i30) praticaram o crime. Seis minutos mais tarde, Aerton Barreto dos Santos, de 38 anos, morreu baleado no bairro Roseira Parque, também no município. Inicialmente, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo prefere não apontar ligação entre os casos.
“Foi realizada perícia no local e uma das vítimas foi ouvida. As investigações prosseguem para localizar os autores dos disparos”, explica a pasta, em nota.
Ainda na noite de quinta-feira (12/1), três pessoas foram mortas em uma chacina, em Guarulhos, também na Grande São Paulo. Robson Barbosa de Andrade, de 34 anos, Max Bruno Carvalho, 30, e Alexandre Sales Correia, 34, conhecido como Seu Madruga, foram baleados na Rua Pernambuco por volta das 23h30.
Os investigadores do setor de Homicídios da cidade estão responsáveis pela apuração. Segundo a SSP, ainda não há detalhes sobre o caso.
Na madrugada do último domingo (7/1), uma chacina ocorreu na Vila Miriam, zona norte de São Paulo. Quatro pessoas morreram e duas ficaram feridas após homens encapuzados dispararem de dentro de um Fiat Palio prata. Cápsulas de calibre .40, de uso exclusivo do Estado, foram encontrados pela perícia, o que fez o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) designar uma promotora para acompanhar o caso.