Ele afirmou, segundo diretora de presídio, que Lincoln Gakiya age como bispo, juiz corregedor, promotor, delegado e que está “arriscando sua integridade física”
Um ofício assinado pela diretora técnica da Penitenciária Feminina de Tupi Paulista, no interior de São Paulo, Adriana Alkimin Pereira Domingues, aponta que o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que investiga o PCC (Primeiro Comando da Capital), foi ameaçado por um dos advogados de pessoas investigadas sob suspeita de ligação com a facção criminosa.
Referindo-se à operação Ethos, que prendeu 35 advogados, incluindo o então vice-presidente do Condepe, Luiz Carlos Santos, o advogado afirmou, segundo o documento de Adriana Domingues, que o promotor Gakiya “está igual bispo, atuando em várias frentes, como juiz corregedor das unidades, promotor do Gaeco, delegado”.
Ainda segundo o ofício, ele também disse, de forma sarcástica, que Lincoln Gakiya trabalhou sozinho na investigação. De acordo com a diretora técnica da penitenciária, o advogado afirmou que “só pode ser de cunho pessoal e perseguição contra seus clientes, arriscando inclusive sua integridade física”.
O ofício foi enviado ao promotor no dia 23 de dezembro deste ano. O advogado estava na unidade prisional para retirar documentos de sua cliente Juliana Araujo Alonso Mirandola. No entanto, ao se apresentar, o supervisor técnico do local pediu que Arantes de Paula apresentasse uma procuração, para protocolizar e retirar os documentos.
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De acordo com a diretora da penitenciária, nesse momento o advogado se alterou, afirmando que a solicitação não era necessária. O advogado saiu e voltou depois com a procuração. Mesmo assim, ele afirmou que houve abuso de autoridade e que iria na delegacia prestar queixa contra a unidade, emendando a ameaça contra o promotor.
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A Ponte Jornalismo ligou para o advogado apontado no documento de Adriana Domingues na tarde desta sexta-feira (30/12). Até o momento, a reportagem não conseguiu contactar o advogado.
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Confira, abaixo, o ofício: